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POLÍTICA PARA MULHERES

Mulheres recebem ação de conscientização e enfrentamento da fibromialgia pelo Governo do Amapá em Oiapoque

O Centro de Referência em Atendimento à Mulher fez uma apresentação para 20 acolhidas sobre sintomas, diagnóstico e tratamentos para a doença crônica.

Por Ana Anspach
06/03/2025 08h00
Cram em parceria com Cerest reuniu 20 mulheres para esclarecimentos sobre fibromialgia e formas de cuidados

O Governo do Amapá realizou uma palestra sobre fibromialgia e outras doenças invisíveis como lúpus, alzheimer, osteoporose e endometriose, entre outras, para 20 moradoras do município de Oiapoque. A ação acontece por meio do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). 

A síndrome da fibromialgia (FM) é clínica e se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a doença provoca sintomas de fadiga, sono não reparador e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura.

Geralmente os médicos não conseguem indicar com precisão quais são as causas iniciais do aparecimento da fibromialgia, mas, existem diversos fatores que podem estar associados ao início da doença, tais como estresse, esforço físico em excesso, infecções, emocional abalado, traumas, noites de sono ruins ou exposição a baixas temperaturas.

Uma equipe multidisciplinar do Cerest, formada por fisioterapeuta, enfermeira, assistente social e psicólogo, explicaram às atendidas como é a realidade das mulheres que convivem com a fibromialgia e a dificuldade em relação ao diagnóstico tardio, já que no município de Oiapoque não há médico nas especialidades de reumatologia e neurologia.

Coordenadora do Cram de Oiapoque, Nátane Oliveira (verde)

“A FM é incurável, por isso é tão importante que ela seja identificada no estágio inicial para que seus sintomas sejam controlados ou retardados. Especialistas recomendam que o paciente necessite de atendimento multidisciplinar: médicos, psicólogos, nutrição, fisioterapia, acesso a exames, assistência farmacêutica e outras terapias, além do apoio familiar como fatores fundamentais para melhorar a qualidade de vida”, ressaltou a coordenadora do Cram no Oiapoque, Nátane Oliveira.

Para que o tratamento da fibromialgia seja bem sucedido é imprescindível o uso de medicamentos e obrigatoriamente o paciente deve praticar alguma atividade física. A preferência deve ser dada a atividades aeróbicas, como andar e nadar, mas a hidroginástica, alongamento ou fortalecimento muscular também são benéficos.

Taiane Correia, de 36 anos, é servidora pública e descobriu ter FM há cerca de três anos e meio. Ela apontou que a doença tem sintomas dolorosos em diferentes partes do corpo, normalmente começam localizadas em alguma região, e mais tarde acabam se espalhando para todo o corpo.

“É muito importante que o Governo do Estado informe a população sobre fibromialgia e doenças ocultas e na ocasião foi possível esclarecer dúvidas e conhecer pessoas que também têm a síndrome. Adquiri conhecimento sobre algo que ainda é tão novo e pouco falado. Espero que tenhamos outras oportunidades de aprender, pois vai ajudar a dar visibilidade às pessoas que têm doenças”, destacou Taiane. 

Taiane Correia (de máscara) descobriu ter FM há cerca de três anos e meio

O fisioterapeuta e palestrante, Abimael Tavares Gomes, destacou que além de medicamentos que podem ajudar a controlar a dor, a fisioterapia é fundamental. O objetivo é reduzir o sofrimento, melhorar a funcionalidade e a autonomia, pois isso impacta diretamente na melhora do doente.

O fisioterapeuta e palestrante, Abimael Tavares Gomes

“A fisioterapia é muito importante no tratamento da FM porque ajuda a controlar sintomas como dor, cansaço e distúrbios do sono, promovendo o relaxamento e o aumento da flexibilidade muscular. Ela pode ser realizada de duas a quatro vezes por semana e o tratamento deve ser direcionado para o alívio dos sintomas que a pessoa apresenta”, frisou Gomes.

Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia

Ainda não tem causa conhecida e atinge, principalmente, mulheres entre 30 a 60 anos. Mas homens, pessoas idosas, crianças e adolescentes também podem ter a doença. Em 12 de maio é comemorado o Dia da Conscientização sobre a Fibromialgia, data instituída pela Lei Municipal 6879/2014.

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