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ATENDIMENTO HUMANIZADO

'Bloquinho do Creap' promove inclusão e interação social de pacientes neurodivergentes no clima de carnaval

Programação incentivada pelo Governo do Amapá garante que os usuários criem repertórios para uma melhor interação e adesão ao tratamento terapêutico.

Por Júnior Nery
08/03/2025 07h48
Pacientes, familiares e equipe de terapêutas do Creap na 2ª edição do bloquinho de carnaval
Pacientes, familiares e equipe de terapêutas do Creap na 2ª edição do bloquinho de carnaval
Foto: Divulgação/Sesa

O Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) se transformou em cores, músicas e sorrisos na sexta-feira, 7, durante a segunda edição do bloquinho de carnaval promovido pelo Governo do Estado para pacientes neurodivergentes. A iniciativa, que reuniu usuários, familiares e a equipe terapêutica, reforça a importância da humanização no cuidado e no tratamento de pessoas com necessidades especiais.

Valdinéia Baía conta que o filho, Nicolas, apresentou avanços significativos no desenvolvimento
Valdinéia Baía conta que o filho, Nicolas, apresentou avanços significativos no desenvolvimento
Foto: Divulgação/Sesa

Mais do que uma festa, o evento teve um propósito terapêutico: ajudar os pacientes a desenvolverem repertório para uma melhor interação social. Para muitas famílias, como a de Nicolas Baía, de 8 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 2, o resultado desse trabalho já é visível. Há três meses em atendimento no Creap, o garoto vive uma nova realidade, segundo sua mãe, Valdinéia Baía. 

"Quando ele chegou aqui [Creap], gritava, não entrava na sala para o atendimento. Hoje, ele já interage e melhorou até o desempenho na escola. Ver meu filho tão animado e feliz é algo que não tem preço. Essas iniciativas fazem toda a diferença", relata Valdinéia.

Momento terapêutico para desenvolver habilidades socioemocionais
Momento terapêutico para desenvolver habilidades socioemocionais
Foto: Divulgação/Sesa

Acolhimento que transforma vidas

A psicóloga infantil, Rita Edilena, uma das idealizadoras do bloquinho, explica que o sucesso do evento é fruto do atendimento humanizado oferecido pelo Creap.

Rita Edilena, psicóloga infantil e uma das idealizadoras do 'Bloquinho do Creap'
Rita Edilena, psicóloga infantil e uma das idealizadoras do 'Bloquinho do Creap'
Foto: Divulgação/Sesa

"Estamos falando sobre inclusão e interação social, proporcionando momentos que fortalecem o vínculo entre pacientes, familiares e equipe multi, causando maior adesão ao acompanhamento terapêutico. A promoção de encontros em momentos festivos, temáticos como o carnaval, promove a troca de experiências, novas vivências, possibilitando novas habilidades socioemocionais, no âmbito da comunicação e de interação social", destaca Rita.

Momento de descontração. Este ano, o bloquinho do Creap reuniu 37 pacientes e seus familiares
Momento de descontração. Este ano, o bloquinho do Creap reuniu 37 pacientes e seus familiares
Foto: Divulgação/Sesa

A fonoaudióloga Thayse Bezerra, que também idealizou o bloco ao lado de Rita, reforça a importância de atividades lúdicas no processo terapêutico.

Thayse Bezerra, fonoaudióloga, uma das idealizadoras do 'Bloquinho do Creap'
Thayse Bezerra, fonoaudióloga, uma das idealizadoras do 'Bloquinho do Creap'
Foto: Divulgação/Sesa

"O Carnaval é um momento de descontração, em que pacientes e familiares podem aliviar o peso do dia a dia e lidar de forma mais leve com as dificuldades. É uma forma de fugir da rotina e promover a socialização", explica a fonoaudióloga.

Histórias de superação

Um exemplo marcante é o da pequena Valentina, de 8 anos de idade, que possui uma síndrome ainda não identificada. A mãe, Daniela Reis, de 38 anos, conta que a filha nasceu convulsionando e, desde bebê, é atendida pelo Creap.

"Ela tem uma vida alegre e feliz hoje. Eventos como este ajudam ela a se conectar com as pessoas e a socializar. Aqui, somos muito bem acolhidos, sem discriminação", relata.

Daniela Reis, mãe da Valentina, que faz tratamento terapêutico desde bebê no Creap
Daniela Reis, mãe da Valentina, que faz tratamento terapêutico desde bebê no Creap
Foto: Divulgação/Sesa

O bloco reuniu 37 pacientes, dos mais de 80 neurodivergentes atendidos pela instituição. Com direito a lanches, bolo e muita animação, a festa foi comandada pela palhacinha Kiki, a fonoaudióloga da unidade, Valkíria Câmara, que fantasiada garantiu a diversão da criançada.

Palhacinha Kiki animou a garotada, que participou de brincadeiras com direito a lanchinho
Palhacinha Kiki animou a garotada, que participou de brincadeiras com direito a lanchinho
Foto: Divulgação/Sesa

"O sucesso do nosso bloco é mais um exemplo de como a gestão tem trabalhado para transformar a saúde pública, levando não apenas atendimento de qualidade, mas também esperança e alegria para quem mais precisa", celebra Valkíria.

Eventos como o bloquinho do Creap reforça a importância de iniciativas que vão além do tratamento convencional, mostrando que a humanização e o acolhimento são pilares essenciais para a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias.

Confira como foi a 2ª edição do "Bloquinho do Creap" no Carnaval 2025:

Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa
Foto: Divulgação/Sesa

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ÁREA: Saúde