Governo do Amapá moderniza sistema que amplia políticas públicas de proteção à mulher
A plataforma ‘Observatório da Mulher Amapaense’ foi atualizada com o intuito de melhorar o monitoramento e a resposta às agressões.

Nesta sexta-feira, 14, o Governo do Estado deu um importante passo no combate à violência doméstica e de gênero com o lançamento de uma atualização que moderniza o sistema digital da plataforma "Observatório da Mulher Amapaense". A cerimônia, realizada na Assembleia Legislativa do Amapá, contou com a presença de autoridades e especialistas que destacaram a importância da iniciativa no fortalecimento da rede de atendimento às mulheres e meninas vítimas de violência.
A atualização da plataforma criada em 2022 tem o intuito de melhorar o monitoramento e a resposta às agressões, reunindo estatísticas de atendimentos dos Centros de Acolhimento geridos pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM), que orientam as ações do Governo do Amapá para aprimorar as políticas públicas voltadas para o enfrentamento à violência. O sistema digital é desenvolvido pelo Centro de Gestão de Tecnologia da Informação (Prodap).

"Através desse sistema, podemos agora mapear de forma mais precisa os locais, os perfis das vítimas, dos agressores, e identificar os tipos de violência praticados. Isso nos permite tomar decisões mais rápidas e assertivas, com o objetivo de proteger as mulheres amapaenses", afirmou a secretária da SEPM, Adriana Ramos.
O novo sistema oferece informações detalhadas, como o perfil dos agressores, a tipologia da violência, os bairros com maior incidência de casos e os centros de atendimento que as vítimas procuraram. Essa inovação também visa agilizar o atendimento às mulheres que buscam os serviços de acolhimento da SEPM. Para Cirilo Simões, diretor-presidente do Prodap, a tecnologia tem sido uma aliada fundamental na construção de políticas públicas mais eficientes.

"O mapeamento realizado pela plataforma permite uma visão mais detalhada da realidade enfrentada pelas mulheres no nosso estado. Com isso, conseguimos direcionar melhor os recursos e esforços para as áreas mais necessitadas", ressaltou o gestor.
Os números de atendimentos de 2024 mostram uma tendência redução nos casos de violência. De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 11.045 atendimentos, sendo 551 acolhimentos, enquanto em 2023 o número total de mulheres atendidas foi de 11.591, com 686 acolhimentos. Essa diminuição pode ser interpretada como um reflexo de uma maior conscientização e da efetividade das políticas de prevenção.

"A maioria das mulheres que busca nossos centros têm entre 35 e 44 anos, com ensino médio completo, e sofre, inicialmente, de violência psicológica no ambiente familiar. Esse retrato é fundamental para entendermos melhor as necessidades desse público e ajustar as nossas estratégias de atendimento", reforçou a gerente de Banco de Dados Estatísticos da SEPM, Fabiane de Melo.
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