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POLÍTICA PARA AS MULHERES

Encontro aborda violência contra as mulheres e de gênero em escolas da rede pública de ensino do Amapá

Palestra realizada pelo Governo do Estado faz parte da Semana de Prevenção de Todas as Formas de Violência Contra a Mulher.

Por Ana Anspach
17/03/2025 14h35
Palestra sobre violência contra a mulher é realizada para alunos e professores da EJA
Palestra sobre violência contra a mulher é realizada para alunos e professores da EJA
Foto: Divulgação

Com uma programação envolvendo mais de 100 pessoas, o Governo do Amapá promoveu um encontro sobre violência contra mulheres e de gênero na Escola Maria Neusa Carmo de Souza, no bairro Jardim Felicidade, em Macapá, para dar visibilidade à grave questão e sensibilizar sobre a seriedade da causa.

Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o corpo técnico receberam técnicos do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), que ministraram palestra que faz parte da Semana de Prevenção a Todas as Formas de Violência contra a Mulher. Na ocasião foram abordados temas como feminicídio, violência psicológica e valorização da vida.

Outras questões tratadas foram a importância da atuação conjunta envolvendo a sociedade, instituições e órgãos de governo para o eficaz enfrentamento da violência e a reflexão dos assuntos.

A coordenadora do Cram, Tayná Taylor, de 38 anos, ressalta que muitas vezes, as mulheres não reconhecem quando estão em uma situação de violência psicológica. Em muitos casos, a mulher envolvida em um contexto de violência romantiza a circunstância e apenas quando evolui para agressões físicas é que ela percebe a gravidade.

A coordenadora do Cram, Tayná Taylor
A coordenadora do Cram, Tayná Taylor
Foto: Divulgação

“É preciso encontrar soluções para minimizar a violência que é tão grave e atinge as mulheres de forma cruel, adoecendo toda a sociedade. A cooperação entre órgãos e poderes visa fortalecer e empoderar o sexo feminino. É essencial refletir sobre os direitos, sua preservação, o ciclo da violência e o combate, não só no mês de março, mas durante todo o ano”, frisou a coordenadora.

A agressão está presente na rotina de muitas mulheres e não se limita ao ato físico, mas a atos lesivos que resultam em danos psicológicos, emocionais, patrimoniais e financeiros, entre outros.

A assistente social do Cram, Patrícia Palheta, contou que trabalha a questão do enfrentamento à violência, informando a respeito dos tipos que existem, e de que todas constituem crime.

A assistente social do Cram, Patrícia Palheta
A assistente social do Cram, Patrícia Palheta
Foto: Divulgação

“Tratamos sobre os vários modos de agressão sofridos por mulheres, utilizando uma linguagem do cotidiano para que as pessoas entendam. Falamos sobre onde as pessoas devem buscar ajuda e atendimento, e também sobre a desconstrução do machismo. Às vezes, o homem pratica violência porque ele é fruto de uma sociedade machista e patriarcal, precisamos conscientizar esses homens que o comportamento dele é crime”, pontuou Patrícia.

O desrespeito contra as mulheres inclui desde assédio moral até homicídio. São formas de violência de gênero, que caracteriza agressões não só contra mulheres, mas também transexuais, travestis e homossexuais. Independente do tipo de violência cometido, os direitos humanos da mulher e sua integridade física, psicológica e moral precisam ser respeitados.

Técnicos do Cram atuando na Escola Maria Neusa Carmo
Técnicos do Cram atuando na Escola Maria Neusa Carmo
Foto: Divulgação

O professor Aécio Costa elogiou a palestra que elucidou muitos assuntos para os alunos da EJA, que em sua maioria trabalham durante o dia e só tem o turno da noite para estudar.

“É necessário que as informações relevantes cheguem até eles, pois muitos vivem essa realidade. Queremos colaborar para o fim da cultura da violência doméstica e o primeiro passo é o conhecimento. Muitos homens praticam agressões por falta de informação, por terem sido criados em ambientes onde esses comportamentos são normais e por não terem noção dos tipos de violência que existem. Agradecemos ao Governo do Amapá que proporciona atendimento à sociedade por meio do Cram”, ressaltou o professor.

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