Governo do Amapá reforça cuidados preventivos para doenças sazonais do inverno amazônico

O Governo do Amapá intensifica as orientações para prevenção de doenças sazonais comuns durante o inverno amazônico, especialmente entre as crianças que são mais vulneráveis a infecções respiratórias. O Pronto Atendimento Infantil (PAI) enfrenta o aumento expressivo na procura por serviços de urgência e emergência pediátrica, e adotou medidas para receber os pacientes.

A combinação de umidade elevada e calor favorece a proliferação de vírus e bactérias que provocam viroses, bronquiolites, pneumonias, asma e infecções intestinais. A pediatra do PAI, Viviane da Silva Rosas, destaca a importância de manter hábitos saudáveis e prevenir o agravamento das doenças.

“É fundamental que os pais mantenham a vacinação das crianças em dia, ofereçam uma alimentação balanceada e garantam a ingestão adequada de líquidos. A higienização dos ambientes e evitar contato com poeira, pelo de animais e cheiros fortes também são medidas importantes”, orienta Viviane.

A pediatra explica que as doenças mais comuns neste período são as bronquiolites e asma, que se agravam devido às chuvas intensas e às mudanças bruscas de temperatura.

"Manter a limpeza das vias aéreas com lavagem nasal e fazer aerossol com soro fisiológico são medidas que ajudam a evitar complicações respiratórias e podem ser feitas em casa, sem a necessidade de encaminhamento ao hospital", ressalta a médica.

O pneumologista do Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT), Paulo Danilo, explica que as infecções respiratórias são predominantemente virais, como rinovírus, adenovírus, metapneumovírus e vírus sincicial respiratório. Contudo, as infecções bacterianas também podem ocorrer, principalmente pneumonias causadas pelo pneumococo.

"Os quadros virais geralmente são autolimitados e melhoram espontaneamente. No entanto, se os sintomas persistirem por de cinco a sete dias. Quando os sintomas persistirem, é essencial procurar atendimento médico para evitar complicações", alerta o pneumologista.

Nos casos em que a criança apresenta sintomas leves, o primeiro atendimento deve ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Elas só devem ser levadas ao Pronto Atendimento Infantil nos casos de agravamento dos sintomas. 

Veja os sinais que exigem atenção médica:

🤕 Dificuldade ou dor ao respirar;
😮‍💨 Tosse persistente por mais de três semanas;
🤒 Febre alta por mais de três dias;
🥵 Desidratação;
😣 Irritabilidade constante ou choro persistente;
🤮 Vômitos frequentes;
😟 Fraqueza extrema ou alterações na consciência.

Aumento de pacientes

O PAI é direcionado para urgências e emergências, priorizando casos graves por meio da classificação de risco. Crianças com doenças respiratórias e outros quadros críticos, o atendimento é imediato e independente da ordem de chegada, garantindo assistência adequada e especializada.

De acordo com o relatório de atendimento do PAI, nos primeiros meses de 2025, a unidade registrou um número alto de pacientes com doenças sazonais. Em janeiro foram notificados 1.089 casos.

No mês de fevereiro, 809 pacientes foram atendidos e apenas nos primeiros 15 dias de março, a procura já chegou a 715, número que tende a aumentar todos os anos neste período sazonal, que vai de março a junho. 

Esses números incluem casos de síndromes gripais, coqueluche, doenças diarreicas agudas, resfriado comum, asma, pneumonia e bronquiolite.

Confira recomendações preventivas para evitar complicações:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel;
• Manter os ambientes limpos e bem ventilados;
• Beber bastante água potável e a utilizar na preparação de alimentos;
• Atualizar a vacinação, principalmente contra influenza;
• Evitar exposição a mudanças bruscas de temperatura e aglomerações;
• Lavar o nariz com soro fisiológico regularmente.

O Governo do Amapá reforça a importância de identificar precocemente os sintomas e buscar atendimento médico quando necessário para evitar complicações mais graves. Casos leves como resfriados, febre baixa e alergias são direcionados às UBSs.

“As unidades básicas são a porta de entrada para todos os serviços do SUS, nos primeiros sintomas de doenças ou alterações com as crianças é essencial que os pais procurem a atenção primária para uma avaliação, e havendo a necessidade o paciente é encaminhado para o serviço especializado", conclui a diretora do Pronto Atendimento Infantil e Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Cleude Rodrigues.

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