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Professor da Ueap lidera pesquisa sustentável que utiliza caroços de açaí para produção de bio-óleo

A partir da utilização do resíduo, é possível gerar o produto usado na fabricação de biogasolina, diesel verde e bioquerosene.  

Por Luan Rodrigues
21/03/2025 17h15
Menyklen Penafort explica que o procedimento gera produtos de alto valor energético

Em 2024 foi observada a maior temperatura média da Terra desde 1850, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Com objetivo de reverter esses efeitos climáticos gerados, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis, um professor da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) vem desenvolvendo um bio-óleo produzido a partir do caroço do açaí.

O professor do colegiado de Engenharia Química, Menyklen Penafort, lidera o projeto na universidade e explica que o material é produzido a partir de um processo denominado pirólise, uma decomposição térmica sem oxigênio. O docente explica que o procedimento gera produtos de alto valor energético, como o bio-óleo que tem diferentes aplicações.

"O bio-óleo pode ser usado como matéria-prima para produzir biogasolina, diesel verde, bioquerosene e bioligantes asfálticos. Também geramos o carvão ativado, que pode ser usado como biocombustível sólido, como biochar para enriquecer o solo ou como meio filtrante na purificação do biogás”, explicou o professor.

A pesquisa faz parte de um projeto mais amplo coordenado pelo professor Nélio Machado, da Universidade Federal do Pará (Ufpa), intitulado “Gasolina Verde” que, além do açaí, também utiliza caroços de tucumã na produção de combustíveis. O objetivo do grupo é apresentar os resultados na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) marcada para novembro deste ano, em Belém, no Pará.

Os caroços são transformados em carvão ativado usado na produção do bio-óleo

Núcleo de Energia e Biorrefinaria Sustentável da Amazônia

Para desenvolver projetos como o do bio-óleo de caroço de açaí, a Ueap está estruturando o Núcleo de Energia e Biorrefinaria Sustentável da Amazônia (NEBSA), que terá suas ações focadas pesquisa, consultoria e inovação em tecnologias limpas, com foco em energias renováveis, biocombustíveis e valorização de resíduos da Amazônia.

Outro projeto que também envolve o caroço do fruto regional é o Açaí Biogás Prime, que utiliza uma miniusina experimental, demonstrando na prática como o caroço de açaí pode ser convertido em biogás, produto que pode ser utilizado para geração de energia elétrica e produção de biofertilizantes.

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