Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
VALORIZAÇÃO

Projeto 'Marabaixando entre Versos e Ladrões' leva o canto dos barracões para o mundo e integra o Ciclo do Marabaixo 2025

Iniciativa do Governo do Amapá, promove o registro e a difusão das canções nas plataformas digitais, ampliando sua visibilidade global.

Por Adryany Magalhães
25/03/2025 13h00
Os ladrões, cânticos e canções de Marabaixo, serão disponibilizados na internet
Os "ladrões", cânticos e canções de Marabaixo, serão disponibilizados na internet
Foto: Divulgação

A cultura amapaense ganha um novo impulso com o projeto “Marabaixando entre Versos e Ladrões pelas plataformas digitais: O canto do Marabaixo, dos tradicionais barracões para o mundo”, uma iniciativa do Governo do Amapá para divulgar e propagar uma das mais importantes identidades culturais do estado. 

O projeto, coordenado pela Fundação Marabaixo e Secretaria de Estado da Cultura (Secult),  faz parte da implementação do Programa Amapá Afro e está promovendo a gravação de 16 faixas de "ladrões" de Marabaixo, ampliando o alcance desse patrimônio imaterial para além das rodas culturais, disponibilizando os cânticos nas principais plataformas de streaming.

A produção será lançada durante o lançamento da Central do Ciclo do Marabaixo
A produção será lançada durante o lançamento da Central do Ciclo do Marabaixo
Foto: Divulgação

As gravações, que começaram na semana passada, estão ocorrendo em um estúdio local e nesta primeira edição está contemplando os sete festeiros que fazem parte da programação do "Ciclo do Marabaixo 2025". O lançamento dos ladrões na internet está previsto para os dias 11 e 12 de abril, durante a Central do Ciclo do Marabaixo, no Centro de Cultura Negra do Amapá.

O evento é uma prévia do que irá acontecer nos barracões durante os três meses de programação do ciclo, que reúne comunidades tradicionais, grupos de marabaixeiros, pesquisadores e gestores culturais para apresentações, oficinas e debates, fortalecendo a valorização da cultura afro-amapaense.

A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos destaca a importância da iniciativa para a difusão e valorização de um símbolo da tradição e história do povo amapaense, que nasce das próprias comunidades, dos quilombos e barracões, onde essa cultura acontece o ano inteiro.

Diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos
Diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos
Foto: Divulgação

“O Governo do Estado, sob a gestão de Clécio Luís, compreende a importância de fortalecer nossa maior e mais autêntica manifestação cultural brasileira. O Marabaixo é do Amapá, mas precisa ser visto e reconhecido pelo mundo. Esse projeto tem esse objetivo de dar visibilidade a essa cultura secular e à representatividade das sete famílias marabaixeiras que mantêm viva essa tradição. Agora, qualquer pessoa, em qualquer lugar, poderá acessar os ladrões e sentir a força ancestral do nosso povo”, destacou.

O Marabaixo, expressão de resistência e identidade do povo negro amapaense, ganha, assim, um registro inédito e acessível ao público mundial, garantindo que sua riqueza histórica e musical seja preservada para as futuras gerações.

O Marabaixo, expressão de resistência e identidade do povo negro amapaense
O Marabaixo, expressão de resistência e identidade do povo negro amapaense
Foto: Divulgação

Durante a Central do Ciclo do Marabaixo, todos poderão conferir o lançamento dos ladrões e vivenciar essa manifestação cultural de forma intensa e participativa. O evento marca a abertura oficial do Ciclo do Marabaixo 2025, que se estende até junho, envolvendo as comunidades marabaixeiras em uma grande celebração.

Solange Costa, representante da Campina Grande
Solange Costa, representante da Campina Grande
Foto: Divulgação

Solange Costa, representando a comunidade de Campina Grande, em Macapá, compartilha a emoção de participar dessa iniciativa de registrar o Marabaixo. “O convite para gravar os nossos ladrões nas plataformas digitais, para internet, é um grande ganho para nós, marabaixeiros. Nunca tivemos a oportunidade de mostrar o Marabaixo e seus ladrões dessa forma, e isso está sendo maravilhoso", celebrou.

O projeto não apenas registra e difunde os ladrões de Marabaixo, mas reforça a identidade cultural do Amapá, conectando passado, presente e futuro da cultura afro-amapaense.

Lorrany Mendes, da Favela, é uma das cantoras de larões
Lorrany Mendes, da Favela, é uma das cantoras de larões
Foto: Divulgação

Lorrany Mendes, representando a Favela, destaca a visibilidade para engrandecer e eternizar a valorização da “voz” negra ancestral do Amapá. “Estou muito feliz em ver o Marabaixo ganhando a visibilidade que merece. O Marabaixo é patrimônio cultural do Brasil, e agora, com o lançamento nas plataformas digitais, esperamos que o Brasil e o mundo conheçam nossa cultura”, destacou a cantora de ladrões.

Gabi Azevedo, representando o Laguinho, como um ícone na cultura do Marabaixo, expressa a satisfação e a oportunidade de participar da história cultural do Amapá. “É uma sensação diferente e mais profissional gravar o Marabaixo no estúdio. Estamos elevando nossa cultura com muita responsabilidade, e esperamos que o mundo aproveite o que estamos oferecendo”, enfatizou. 

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!

ÁREA: Cultura