'A expectativa é aplicar esse conhecimento com os prematuros', diz enfermeira de Mazagão sobre curso do Método Canguru

O Governo do Amapá está aprimorando os cuidados com os bebês prematuros e o acolhimento dos pais após a alta hospitalar com o Método Canguru, sensibilizando profissionais de Santana e Mazagão que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de Pronto Atendimento (UPA) e Estratégia Saúde da Família dos dois municípios.

Um curso realizado esta semana, no período de 25 a 28, na Escola Estadual Elizabeth Picanço Esteves, levou orientações da equipe da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para médicos, enfermeiros, técnicos e obstetras sobre os cuidados que começam no pré-natal nas UBSs, e seguem até o desenvolvimento do bebê em casa.

Uma das participantes foi a enfermeira Glenda Soares, da UPA de Mazagão. A jovem garantiu que vai adotar todos os aprendizados para a prática no trabalho, ao atender as famílias de recém-nascidos prematuros.

"A expectativa é aplicar esse conhecimento e conseguir levar para os nossos pacientes, para a nossa comunidade, técnicas e conhecimentos que permitam atender os bebês prematuros para ajudá-los no desenvolvimento, no ganho de peso, e também orientar a família. Cada paciente traz uma individualidade, então é essencial aprender de que forma adequar esse atendimento", ressaltou Glenda.

A enfermeira destacou que o treinamento vai ajudar no combate à mortalidade infantil em Mazagão, o que torna a sensibilização do curso ainda mais essencial. "O Método Canguru é essencial pra gente acolher a família e cuidar desse recém-nascido prematuro. Para nós profissionais é um importante processo de atualização dos conhecimentos", acrescentou.

Outra profissional de saúde que atualizou as abordagens dentro da atenção primária foi a médica Damisleydis Sande Guerra. Ela é cubana e trabalha na UBS Fortaleza, em Santana, e pontuou que o curso promovido pelo Governo do Estado é indispensável para os prematuros.

"Essa capacitação que a gente está recebendo é de suma importância, porque estão falando sobre um método que devemos praticar no nosso atendimento na obstetrícia, onde sempre recebo o binômio mãe e feto. Ou seja, a mãe que chega para nossa obstetrícia, pra fazer desde o pré-natal até o nascimento", explicou a médica.

A capacitação sobre o Método Canguru é uma forma de as equipes multiprofissionais se atualizarem sobre como auxiliar e ajudar as famílias a entenderem os cuidados com o recém-nascido prematuro.

O Ministério da Saúde preconiza que os bebês que nascem com peso inferior a 1,5 mil gramas e de um período gestacional menor que 37 semanas são considerados prematuros, ou seja, necessitam de uma atenção especializada e um acompanhamento para alcançarem o peso mínimo por meio da amamentação.

A equipe multiprofissional deve atender tanto o paciente quanto a família para orientar e acompanhar, de forma contínua, a evolução da saúde do bebê em três etapas do Método Canguru, que inicia no hospital, segue nas UBSs e depois em casa. Essa atenção especializada consiste em intervenções para melhorar a amamentação, o contato da pele do recém-nascido com a mãe, além do monitoramento da saúde do prematuro.

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