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Hospital de Emergência realiza mais de 80 cirurgias ortopédicas em uma semana em Macapá

Unidade de saúde administrada pelo Governo do Amapá registra mais de 1,8 mil procedimentos em menos de quatro meses de 2025.

Por Karla Marques
26/04/2025 14h00
Nos quatro primeiros meses de 2025, o HE já contabilizou 1,8 mil cirurgias

O Hospital de Emergência (HE) de Macapá realizou 84 cirurgias ortopédicas na última semana. O número reflete a alta demanda da unidade, especialmente de vítimas de acidentes de trânsito, e também a capacidade de resposta rápida nos casos de traumas urgentes.

Emanoel Martins, diretor do Hospital de Emergência

De janeiro até a última terça-feira, 22, a unidade já realizou 1.808 procedimentos em várias especialidades. Segundo o diretor do HE, Emanoel Martins, a maioria das fraturas que demandam cirurgia está relacionada a colisões envolvendo carros e motos, e quedas de idosos.

"A maior parte dos casos graves é de acidentes automobilísticos e com motocicletas. Também temos situações envolvendo quedas de idosos com fratura de fêmur, por exemplo, além de ferimentos por arma de fogo, que causam fraturas quando o projétil atinge algum osso”, explicou Martins.

Das 1,8 mil cirurgias realizadas em menos de quatro meses, foram:

  • Ortopedia: 1.015
  • Cirurgia geral: 499
  • Cirurgia vascular: 107
  • Neurocirurgia: 54
  • Endoscopia: 42
  • Urologia: 31
  • Bucomaxilofacial: 29
  • Cirurgia plástica: 28
  • Outras: 3
Ortopedia demandou a maioria das cirurgias no HE, com 1.015 procedimentos

Entre os procedimentos mais realizados estão as cirurgias de membros superiores (braços) e inferiores (pernas). Os casos mais graves, como fraturas expostas, são tratados imediatamente no próprio HE.

“Quando o paciente dá entrada com fratura exposta, realizamos o procedimento imediatamente. Já as fraturas de fêmur ou tíbia, por exemplo, recebem um fixador externo como contenção e são transferidas para o Hospital de Clínicas Alberto Lima [Hcal], onde o tratamento definitivo é finalizado", completou o diretor.

Atualmente, em até 24 horas após a entrada do paciente, a cirurgia é realizada

Com um planejamento focado em agilidade e eficiência, o Hospital de Emergência conseguiu reduzir o tempo médio para a realização de cirurgias ortopédicas. Atualmente, em até 24 horas após a entrada do paciente, a cirurgia é realizada. O que garante também uma alta médica mais rápida – em até dois dias, dependendo da complexidade do caso.

"Antes, pacientes esperavam três, quatro até cinco meses por uma cirurgia. Agora, em menos de uma semana tudo é resolvido. Com isso, conseguimos maior rotatividade de leitos e melhoramos a dinâmica hospitalar”, destaca Emanoel Martins.

Em casos mais simples, a alta pode acontecer em até um dia. Já pacientes que necessitam de antibioticoterapia – como em fraturas expostas – permanecem em tratamento por até sete dias.

Para dar conta da alta demanda, o hospital reorganizou o setor de ortopedia com a ampliação da equipe médica e a inclusão de especialistas em áreas como ombro, fraturas de membros inferiores e artroscopias de joelho. A medida tem contribuído para manter a agilidade nas cirurgias e melhorar o fluxo de internações e altas na unidade.

Para dar conta da alta demanda, o HE reorganizou o setor de ortopedia com inclusão de especialistas em artroscopias de joelho

Casos graves

O HE é direcionado ao usuário que requer tratamento médico de maior complexidade. O atendimento é realizado por classificação de risco, com prioridade para os casos de risco de morte, independentemente da ordem de chegada.

Entre os casos recebidos pelo hospital estão acidentes com trauma, ferimentos por armas de fogo e arma branca, afogamentos, hemorragias, infartos, derrames, inconsciência, intoxicações e febres acima de 39°C.

“Casos como pequenos ferimentos, febre leve, pressão um pouco elevada ou cortes que necessitam apenas de sutura simples, devem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde [UBS] ou nas Unidades de Pronto Atendimento [UPA], tanto estaduais quanto municipais", orienta o diretor.

Saiba quando buscar o HE

A recomendação é que a população procure o Hospital de Emergência apenas em situações graves e com risco iminente, como:

  • Acidentes com fraturas e lesões graves
  • AVC (Acidente Vascular Cerebral)
  • Infarto
  • Casos de desidratação severa
  • Inconsciência
  • Intoxicação
  • Febres acima de 39°C

Para quadros mais leves, como febre abaixo de 38°C, cortes simples, mal-estar moderado ou pressão arterial levemente elevada, o ideal é buscar atendimento nas UBSs de 18h e 24h ou nas UPAs estaduais e municipais.

“Esse direcionamento correto de fluxo ajuda a diminuir a lotação do HE e garante que os pacientes que realmente precisam de atendimento especializado sejam assistidos com mais agilidade e segurança”, reforça Martins.

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ÁREA: Saúde