Secretaria de Saúde do Amapá analisa desafios de pessoas surdas para reforçar inclusão na rede hospitalar
Encontro com Associação de Surdos tratou sobre soluções voltadas à assistência de pacientes com a presença de intérpretes de Libras.
O acesso de pessoas surdas ou com deficiência auditiva aos serviços de saúde ainda é um desafio, mas que vem sendo discutido pelo Governo do Amapá. A ideia é ampliar a qualificação dos servidores da área para receber os pacientes com a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Esta semana, a gestão da Saúde recebeu o presidente da Associação de Surdos do Amapá, Matheus Fonseca dos Santos, para conhecer os principais desafios e debater soluções voltadas à assistência hospitalar. Uma das iniciativas já em prática é no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, que conta com um grupo de servidores capacitados em Libras.
“Nós somos dependentes dessa comunicação. Enquanto associação estou aqui, porque queremos ser atendidos neste novo momento da saúde pública, queremos ajudar para que essa comunicação realmente esteja efetiva, vamos fazer algo que possa atender o surdo do Amapá", reforçou o presidente.
Com a ajuda de um intérprete, as secretárias de Saúde, Nair Mota, e adjunta em Atenção à Saúde, Cássia Klein, receberam a sugestão de criar uma central de atendimento com intérpretes de Libras para auxiliar pacientes surdos a se comunicarem com equipes médicas nos hospitais.
“Agradeço a associação por mostrar um pouco dessa realidade, isso só fortalece a saúde pública e nos instiga a contribuir com a causa, pois é um dever do SUS ter esse cuidado na vida de cada pessoa surda, por isso estamos à disposição. Da mesma forma o governador Clécio Luís, que tem como prioridade neste mandato a saúde integral aos cidadãos", afirmou Nair.
O acolhimento humanizado faz parte das ações do Governo do Amapá, para garantir acesso à saúde de qualidade e a inclusão de Libras nos serviços é um passo essencial para um atendimento mais justo, humano e eficiente para a comunidade surda.
"A gente precisa de fato ter os intérpretes dentro de uma central, e contando com toda a experiência que a associação tem, para que a gente possa organizar a melhor estrutura possível dentro das unidades de saúde no Amapá", reforçou Cássia Klein.
Atualmente a Associação de Surdos do Amapá estima que existe uma população de aproximadamente 5 mil pessoas surdas que precisam ser assistidas na saúde.
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