‘É valoroso fazer parte dessa construção’, diz agricultora sobre o Plano da Bacia do Rio Araguari desenvolvido pelo Governo do Amapá
Betânia Quaresma, moradora do município de Itaubal, participou dos debates durante a audiência pública, nesta sexta-feira, 11, em Macapá.

Dando continuidade as escutas e diálogos participativos que debatem a elaboração do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, de maneira que atenda os interesses da sociedade civil, especialmente dos povo tradicionais, o Governo do Amapá percorreu durante três dias os municípios de Tartarugalzinho, Porto Grande e Macapá.
Na capital, o encontro reuniu os moradores e concluiu a terceira etapa do processo, nesta sexta-feira, 11, no auditório da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Entre as participantes estava a agricultora Betânia Quaresma, do município de Itaubal Piririm, uma das cidades de abrangência da bacia do Araguari, conhecida pela pecuária e extrativismo, também se destaca pelo cultivo da agricultura.
"Nós, agricultores que utilizamos o Rio Araguari para o uso e sustento, temos no Sindicato 866 produtores rurais cadastrados da área do campo, quilombola e ribeirinha, que recebem apoio para desenvolver suas atividades. E, neste momento, em que se discute a bacia do Araguari é valoroso fazer parte dessa construção em que o Governo do Estado teve a preocupação de vir até nós saber a realidade de quem vive aqui e buscar nossa colaboração para esse importante avanço em que nós estamos inseridos”, destacou Betânia, de 41 anos.

A agricultora trabalha com produção rural e atualmente, também é administradora geral do Sindicato Rural, no município de Itaubal. Ela afirma que pela primeira vez, uma gestão ouve e trabalha em conjunto com os trabalhadores rurais e que o sentimento é de gratidão.
As audiências, que foram coordenadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além de debater diretrizes que irão compor o Plano, também abordou questões sobre educação ambiental, mudanças climáticas, áreas de conservação, manejo, desenvolvimento sustentável e uso responsável dos recursos naturais.

Entre os participantes da audiência, do município de Porto Grande, esteve presente Paulo Waiãpi, de 27 anos, morador da terra indígena Wajãpi, na aldeia Macua. Ele, que trabalha na Associação Wajãpi Terra, Ambiente e Cultura (Awatac), ressalta que a participação no Plano dá voz aos povos originários e respeito ao seu modo de vida na natureza.

"Estou aqui participando do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, representando os povos originários Waiãpi, e para nós, é muito importante ter esse espaço aberto para o diálogo, que nós dá voz para participar, colocando todas as nossas propostas para melhoria, para podermos viver bem e usar os rios sem poluir, para darmos um futuro melhor para as gerações futuras”, declarou Paulo.
A última fase de elaboração, coordenada pela Sema, está prevista para junho, quando o Plano Diretor será concluído e apresentado.
Bacia Hidrográfica do Rio Araguari
A Bacia do Araguari abrange 11 municípios: Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal do Piririm, Macapá, Pedra Branca, Porto Grande, Pracuúba, Serra do Navio e Tartarugalzinho. O Plano da Bacia faz uma grande interface sociocultural. Por essa razão tal escuta se faz tão importante pelos aspectos sociais, econômicos e culturais que estão intrinsecamente conectados.
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