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CICLO DO MARABAIXO 2025

‘É uma maneira de preservar as raízes do nosso estado’, afirma festeira durante Ciclo do Marabaixo 2025

Priscila Silva, festeira e coordenadora do grupo Azebic, é uma das mulheres que lideram e conduzem as celebrações religiosas e culturais das festividades apoiadas pelo Governo do Amapá.

Por Flávio Sousa
20/04/2025 16h50
Priscila Silva, festeira, coordenadora e representante do grupo Azebic

Com muita cor, fé, tradição e religiosidade, o Ciclo do Marabaixo 2025 iniciou neste sábado, 19, em sete barracões nas zonas urbana e rural de Macapá. A festividade, que conta com o apoio do Governo do Amapá e do senador Randolfe Rodrigues, reuniu famílias, devotos e curiosos para celebrar o começo de uma das mais importantes manifestações da resistência negra no estado.  

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

📸 FOTOS: Confira a abertura do Ciclo do Marabaixo 2025

No Barracão Zeca e Bibi Costa, sede do Grupo Azebic, no bairro Santa Rita, a festeira Priscila Silva falou sobre a importância de manter viva a cultura do Marabaixo, mesmo após tantos anos. Para a coordenadora do grupo, a emoção de vivenciar a abertura das festividades do Ciclo do Marabaixo 2025 é um momento único para a preservar a cultura do estado.

"A expectativa estava enorme, a ansiedade também. É uma homenagem à Santíssima Trindade e à nossa história. É de grande importância preservar essa cultura, é a nossa cultura, por isso é fundamental que continuemos vivos dentro dessa tradição, para que ela siga se fortalecendo e crescendo a cada ano", contou a festeira, muito feliz e emocionada.

Programação iniciou no sábado, 19, em sete barracões de marabaixo em Macapá

O grupo de Marabaixo Azebic foi fundado em 2000 com o objetivo de preservar a herança cultural transmitida de geração em geração. Entre as figuras mais respeitadas está dona Irene Pereira, de 84 anos, festeira com longa trajetória no ciclo do Marabaixo. Dona Irene relatou que participa há muitos anos das celebrações e que continua firme na tradição como forma de manter viva a memória e a cultura deixadas por seu marido, já falecido.

"Tenho 84 anos e sigo firme no Marabaixo porque é o que alimenta minha alma. Aqui me sinto viva, em paz, e é dançando que mantenho acesa a lembrança do meu marido, que partiu, mas nunca deixou essa roda comigo", comentou Irene enquanto rodava suas longas saias. 

Irene Pereira, de 84 anos, festeira com longa trajetória no ciclo do Marabaixo

Tradição valorizada

Neste ano, o Ciclo do Marabaixo celebra o centenário de Benedita Guilherma Ramos, a Tia Biló, matriarca do Marabaixo do Laguinho, que faleceu aos 96 anos, em 2021. A festividade, marcada por expressões de fé, cultura e resistência, é organizada pelos grupos culturais e começaram no dia 19 de abril, no “sábado de Aleluia”, e seguem até o “domingo do Senhor”, em 22 de junho. 

Ciclo do Marabaixo 2025 conta com investimentos do Governo do Amapá e senador Randolfe Rodrigues

O Governo do Estado fomenta a tradição por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com apoio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). 

Neste ano, o investimento total na festividade é de R$ 2,5 milhões, provenientes do Tesouro Estadual e de emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues. Cada grupo cultural recebeu R$ 82 mil para desenvolver suas programações, promovendo impactos positivos na economia local, especialmente nos setores da cultura e do turismo.

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ÁREA: Cultura