Governo do Estado publica leis que tornam Zimba e Festa de São Benedito patrimônios culturais imateriais do Amapá
Tradições pertencem à comunidade de Cunani, vila história de Calçoene. Com o reconhecimento, manifestações são oficializadas formadoras de identidade e pertencimento.

O Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) duas legislações que valorizam a cultura e as tradições da comunidade de Cunani, vila história localizada em Calçoene. A Lei 3.217 declara Patrimônio Cultural de natureza imaterial a dança do Zimba, identidade cultural pertencente à região; já a Lei 3.212, declara patrimônio imaterial a Festa de São Benedito, realizada no mês de dezembro.

Com a transformação em patrimônio imaterial, ambas as manifestações culturais são reconhecidas oficialmente por suas importâncias como expressões culturais e contribuição para a formação da identidade e pertencimento da comunidade onde estão inseridas. Além da proteção, valorização e divulgação, com as leis fica autorizado o Poder Público a celebrar convênios com entidades ligadas à cultura, ao turismo e ao lazer, com a finalidade de assegurar a história e de fomentar o conhecimento e a apreciação das manifestações.
O Zimba é a manifestação cultural mais marcante da vila do Cunani. Dança folclórica de origem africana presente unicamente naquela comunidade, é dançada em honra aos santos da Igreja Católica, em especial São Benedito e Santa Maria. Em coro e com instrumentos diferenciados, os zimbeiros respondem aos “jogados” dos cantores, enquanto volteiam entre si ou ao redor dos tambores e pandeiros em sentido anti-horário e constitui uma das manifestações da cultura afro-amapaense.

Já a Festa de São Benedito acontece na região há pelo menos 200 anos, reunindo festeiros, moradores e promesseiros, no período de 12 a 26 de dezembro. É realizada com uma extensa programação, que inicia com o levantamento do mastro, além de cortejos e celebrações religiosas.

“O governador Clécio Luís faz uma gestão voltada para a valorização e o fomento às manifestações da cultura afro-amapaense. Com esse reconhecimento, o Governo do Estado passa a reforçar as políticas de apoio e fortalecimento para a cultura e identidade da vila do Cunani, tanto para o Zimba quanto para a Festa de São Benedito. Celebramos essa conquista junto com a comunidade”, destaca a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.
Já a representante do grupo Zimba e líder comunitária em Cunani, Rosimeire Ramos, reforça a necessidade de manter tradições vivas.
“São as nossas principais manifestações religiosa e cultural e também marcas da cultura e do legado deixados pelos nossos antepassados. Hoje, a comunidade luta para manter viva essas tradições e esse reconhecimento vem para oficializar e reconhecer nossa identidade, cultura, pertencimento e resistência”, diz Rosimere.

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