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Mapeamento detalha impacto das erosões no distrito do Bailique

Estudo ocorreu no período de 12 a 14 de janeiro, durante a operação do governo na região.

Por Redação
25/01/2017 16h10

Estudo identificou que nove comunidades estão com as margens instáveis

O Instituto de Pesquisas Científicas do Estado do Amapá (Iepa) divulgou o resultado do mapeamento das comunidades que formam o arquipélago do Bailique, distrito de Macapá. O objetivo da ação, que ocorreu de 12 a 14 de janeiro, é complementar os estudos realizados pelo órgão sobre o impacto das erosões causadas na região pelo fenômeno das Terras Caídas.

Das 52 comunidades situadas no arquipélago, dez foram selecionadas para o monitoramento das margens como forma de dar maior segurança para a tomada de decisões por parte do Governo do Estado.

As comunidades cujas margens foram monitoradas são Igarapé Grande do Curuá, Salmo 121, Limão do Curuá, Foz do Gurijuba, Junco, Itamatatuba, Boa Esperança, Vila Progresso, Vila Macedônia e São Pedro.

O estudo identificou que nove delas, com exceção de Igarapé Grande do Curuá, estão com as margens instáveis, ou seja, que já estão sofrendo os efeitos da erosão.

A comunidade de São Pedro está sofrendo o maior impacto. O processo erosivo já avançou a distância de 9,2 m da margem. Porém, as comunidades do Itamatatuba e Boa Esperança estão com o espaço público comprometido.

Em Itamatatuba, a erosão avança em direção ao posto de saúde e a escola estadual que se localizam às margens da localidade. Na comunidade Boa Esperança, a Escola Estadual Júlia Bruno também pode ter a estrutura comprometida com o problema.

Em ambas as escolas, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) já está trabalhando no planejamento para que possa solucionar o problema nas instituições, sem prejudicar o calendário escolar.

De acordo com o diretor do Iepa, Wagner Costa, o relatório do estudo de impacto foi encaminhado para a equipe de Defesa Civil Estadual e para o gabinete do governador Waldez Góes.

“O governo já está se articulando para trabalhar na linha de frente. Com esse resultado do estudo, o poder público vai poder atuar de forma mais intensificada nessas áreas de risco”, declarou.

Operação
O trabalho do Iepa foi realizado durante a operação conjunta do governo para atuar na região. Além do instituto, estiveram presentes Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims), Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).

Balanço
Nos três dias de operação, os órgãos de governo atuaram em diferentes frentes. Na questão social, a equipe da Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims) realizou o cadastro de 19 famílias que estão nas áreas de risco. Deste número, 15 são da Vila Progresso, duas no Igarapé Baiano e outras duas na Vila Macedônia..

Na área da educação, a equipe técnica realizou visitas em escolas das comunidades Vila Progresso, Vila Macedônia, Ponta da Esperança, Igarapé Grande do Curuá, Limão do Curuá, Franquinho, Igarapé Grande da Terra Grande, Itamatatuba e Junco.

Na operação, a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) também realizou o monitoramento e manutenção da rede de abastecimento de água potável nas comunidades do Bailique. O serviço atendeu as regiões de Itamatatuba, Carneiro, Vila Progresso e Vila Macedônia.

Entre os serviços prestados, houve a manutenção das bombas, a construção de tablados da base de decantadores e fios, além da substituição, revitalização e transferência da rede de abastecimento.

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