Governo do Amapá capacita agentes ambientais indígenas para combater praga da mandioca em aldeias Waiãpi
Formação é realizada até este sábado, 10, na aldeia Aramirã, sendo promovida pelos Institutos de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).

O Governo do Amapá deu mais um passo importante no fortalecimento da assistência técnica às comunidades indígenas com a capacitação de cinco Agentes Socioambientais Indígenas (Asas), contratados para atuar nos territórios Waiãpi.
A formação, iniciada na quinta-feira, 8, e realizada até este sábado, 10, na aldeia Aramirã, é promovida pelos Institutos de Extensão Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), com o apoio da Secretaria de Estado de Políticas Indígenas (Sepi) e da Fundação Nacional dos Povos indígenas (Funai)
Os Asas são técnicos em meio ambiente formados pelo Instituto Federal do Amapá (Ifap) e foram recentemente contratados pelo Governo do Amapá para atuar junto ao Rurap na promoção de práticas agrícolas e extrativistas sustentáveis e na prevenção e combate à praga da mandioca, conhecida como vassoura-de-bruxa, que tem comprometido a produção nas roças indígenas.

Durante a capacitação, os agentes receberam orientações sobre o controle da praga, boas práticas de plantio, o uso do Sistema Informatizado de Gestão da Assistência Técnica e Extensão Rural (Sigater) e a integração à política institucional do Rurap.
O objetivo é garantir segurança alimentar, promover sustentabilidade produtiva, valorizar o conhecimento tradicional e ampliar a autonomia econômica das comunidades indígenas.
O engenheiro florestal do Rurap Wescley Mendes, responsável pela capacitação, destacou a importância do planejamento e do acompanhamento técnico das ações nas aldeias.
"Os agentes atuarão em campo durante as três primeiras semanas de cada mês e, na última semana, retornarão à base do Rurap para apresentar relatórios, planejar as próximas atividades e discutir as demandas das comunidades", explicou o engenheiro.

Para o agente ambiental indígena Akitu Waiãpi, da aldeia Mariry, a formação representa um avanço significativo.
“O Rurap é responsável pela melhoria no nosso trabalho. A capacitação vai nos proporcionar um trabalho de qualidade. Com orientação e conhecimento, tudo fica mais fácil”, afirmou o indigena.
Durante o evento, o antropólogo e consultor do Iepé, Igor Scaramuzzi, reforçou a importância do trabalho em equipe e da disseminação das informações entre as comunidades.
“Nosso objetivo é garantir que as plantações retornem à normalidade. Isso só será possível se o trabalho for feito corretamente e compartilhado com as demais aldeias”, ressaltou.

Contratação e atuação dos Asas
A contratação dos agentes indígenas foi oficializada no dia 30 de abril, no Palácio do Setentrião. A ação integra o programa ATER Indígena e conta com o apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Social (MDS), da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
O programa terá duração de 15 meses e prevê o acompanhamento contínuo das comunidades indígenas, com foco na implementação de técnicas agrícolas adaptadas às realidades locais, capacitação permanente dos agentes, e inclusão das aldeias em programas de crédito rural (Pronaf e FRAP) e de aquisição de alimentos (PAA e PNAE).
A iniciativa representa um compromisso do governador Clécio Luís com os povos indígenas do Amapá, reafirmando a valorização das culturas tradicionais, o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável nas comunidades originárias do estado, diz (Sonia Janjaque ou Jorge Rafael)
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