'Educação para a Paz' promove rodas de conversa para incentivar empatia e respeito na Escola Estadual Zolito Nunes, em Macapá
Programa do Governo do Amapá incluiu dinâmicas com 25 turmas nos turnos da manhã e tarde, com a participação também de professores.

O combate ao bullying nas escolas públicas do Amapá tem ganhado reforço com rodas de conversa, vivências e formações promovidas pelo Programa de Educação para a Paz (EPaz) do Governo do Amapá, que nesta segunda-feira, 19, esteve na Escola Estadual Zolito Nunes, no bairro Beirol, Zona Sul de Macapá. A iniciativa busca despertar nos estudantes a importância do respeito, da empatia e da convivência pacífica no ambiente escolar.
Coordenadora do EPaz desde 2019, Maria Dioceles explica que o programa é uma política pública amparada por lei estadual, e tem como objetivo fortalecer o desenvolvimento socioemocional de estudantes e profissionais da rede.

"A gente tenta despertá-los para o não bullying. Hoje, além de uma questão educativa, o bullying é crime e está previsto no Código Penal. Nosso trabalho é ajudar os adolescentes a refletirem sobre seus comportamentos e escolhas, para que não enfrentem consequências judiciais tão cedo", reforçou Dioceles.
As ações aplicadas na Escola Zolito Nunes incluíram dinâmicas com 25 turmas nos turnos da manhã e tarde, com a participação também de professores. O foco principal é a formação docente, permitindo que os próprios educadores multipliquem os conhecimentos e as metodologias de cultura de paz nas escolas. A formação com os professores da unidade está agendada para o próximo dia 24 de maio.
Além disso, durante a ação na escola, a equipe do programa realizou uma vivência com os alunos voltada à reflexão sobre o bullying. A atividade começou com momentos de conexão e relaxamento, utilizando dinâmicas lúdicas para facilitar a participação dos estudantes. Em seguida, os facilitadores conduziram uma roda de conversa para despertar nos jovens a consciência sobre o que é o bullying, como ele se manifesta no cotidiano escolar e quais são as consequências. A proposta foi estimular o olhar empático e o respeito ao outro, promovendo uma cultura de paz dentro do ambiente escolar.

Para participar do programa, as escolas interessadas devem encaminhar um ofício à coordenação do EPaz, relatando a situação enfrentada. Em seguida, uma visita técnica é realizada para alinhamento das atividades. O atendimento também pode ocorrer de forma emergencial por canais como o WhatsApp, mas a oficialização via documento é o protocolo indicado.
Estudante do 7º ano, Vitória Paola, de 13 anos, destacou a importância do encontro para os alunos.
"Elas ensinaram que não é certo fazer bullying ou pegar as coisas dos colegas. Isso pode prejudicar a gente no futuro. Foi muito importante aprender isso hoje", comentou a jovem estudante.

Além de Macapá, o EPaz também atua em outros municípios. Nesta semana, as formações seguem em Santana, com equipes se preparando para multiplicar a metodologia de construção de paz nas escolas da região. Atualmente, segundo Maria Dioceles, mais de 80% das unidades escolares da rede estadual já estão sensibilizadas com a proposta.
O EPaz é desenvolvido com apoio de instituições como o Tribunal de Justiça e o Ministério Público do Amapá (MP-AP), parceiros desde 2017 na implantação das práticas restaurativas, como os círculos de construção de paz. Segundo a coordenação, escolas que abraçam a cultura de paz apresentam melhorias não só no ambiente escolar, mas também no desempenho pedagógico e nos índices de avaliação, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

O EPaz
O programa busca incentivar a promoção da vida, da cultura da paz, da solidariedade e da não discriminação com a valorização do diálogo, respeitando os princípios da dignidade da pessoa humana, bem como ressaltar a importância do estudante como agente responsável por uma sociedade mais justa, tolerante, livre de preconceito e solidária na comunidade escolar.
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