Servidores da rede estadual de ensino do Amapá participam de curso de aperfeiçoamento em educação ambiental
Formação seguirá por todo ano, de forma presencial e on-line, com a participação de especialistas da Universidade Federal de Mato Grosso.
O Governo do Amapá integra uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que está ofertando o curso de aperfeiçoamento em educação ambiental para professores do ensino fundamental e coordenadores pedagógicos da rede estadual de ensino. O objetivo é capacitar as escolas para a formação de estudantes ecologicamente conscientes e multiplicadores de boas práticas ambientais.
A formação acontece presencialmente nesta segunda e terça-feira, 26 e 27, no auditório da Secretaria de Estado da Educação (Seed), em Macapá. Outras atividades serão realizadas ao longo do ano de forma on-line, totalizando 180h de capacitação. Aos participantes, será fornecido acesso a conteúdo atualizado e relevante sobre educação ambiental e crise climática, certificado de participação e rede de contatos com outros educadores engajados nas pautas ambientais.
“O curso fortalece o conhecimento, dá mais entusiasmo para o trabalho dentro das escolas, possibilita conhecer melhor os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, e também explora o protagonismo juvenil dentro da educação ambiental, além de tratar um pouco de educomunicação. Então, esses profissionais vão retornar para as escolas e poder levar esse conhecimento, compartilhar com seus colegas e, mais do que isso, traduzir esse curso em ações pedagógicas dentro das escolas”, explica a chefe da Unidade de Educação Ambiental, Carla Nobre.
A iniciativa é ofertada em 11 estados da Região Norte e no Distrito Federal, como parte do Programa Infantojuvenil de Educação Ambiental: Infâncias, escolas e territórios, ambientalmente educadores e potencialmente transformadores, e conta com a participação de pesquisadores renomados da UFMT, como os professores Eduardo Bertholine e José Ricardo de Souza, que vieram apresentar a iniciativa pessoalmente.
"Esse curso tem a função de nós apresentarmos esse grupo de pesquisadores em educação ambiental e artes, que trabalha há alguns anos com a população quilombola, indígena e de comunidades tradicionais, dentro do Pantanal e na parte do Cerrado. Então, a nossa experiência é de luta e evidentemente política, mas não política partidária. A nossa fala vem em fusão de embasamentos teóricos, científicos, não só biológicos, porque a educação ambiental passa por todas as áreas de conhecimento da humanidade”, explica Bertholine.
A professora da Escola Estadual Leandro Plácido Ferreira, de Mazagão Velho, Ionny Barbosa, expressa que o conhecimento adquirido no curso irá contribuir para uma abordagem mais abrangente das questões ambientais. Atualmente lecionando língua portuguesa no sistema modular, ela já trabalha esses temas em sala de aula para despertar o interesse e a conscientização dos estudantes.
“Hoje, estando no sistema modular de ensino, a gente percebe as dificuldades nas regiões, principalmente ribeirinhas e quilombolas, mas assim, é muito importante estar ofertando esse conhecimento para que eles possam levar para a vida, e tendo a oportunidade de levar o Amapá como um estado sustentável”, fiz Ionny.
Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Além de beneficiar a educação realizada no cotidiano, a formação irá auxiliar as escolas na preparação para a 4ª Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que acontecerá em agosto deste ano. O evento, que não era promovido no Amapá há 12 anos, se encontra nas etapas de fóruns dentro das escolas para as etapas de seleção de projetos.
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