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CULTURA E ANCESTRALIDADE

‘É valorização e respeito à nossa cultura’, diz tocador homenageado com Prêmio Mestre Jorge concedido pelo Governo do Estado

Marcus Vinicius, de 28 anos, dividiu a emoção da homenagem com o filho Dominic, de apenas três anos.

Por Gabriel Penha
28/05/2025 12h00
Homenageado Marcus Vinicius Paes, de 28 anos, com o filho Dominic Figueiredo, de apenas três anos

A emoção marcou a noite de segunda-feira, 26, no Museu Sacaca, em Macapá, onde aconteceu cerimônia de entrega da 2ª edição do Prêmio de Cultura Mestre Jorge. A honraria, concedida pelo Governo do Estado, homenageou 120 tocadores de caixa de marabaixo e instrumentos de batuque, zimba e sairé.

O prêmio é coordenado pela Fundação Estadual de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo) e a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo. Durante a cerimônia, um dos homenageados, Marcus Vinicius Paes, de 28 anos, dividiu a emoção do momento com o filho, Dominic Figueiredo Riboli Paes, de apenas três anos.

“O Prêmio Mestre Jorge é a valorização e o respeito à nossa cultura. Me sinto feliz em dividir esse momento com meu filho, com minha família e muitos outros tocadores”, disse o homenageado.

Marcos participa das rodas de marabaixo desde os 11 anos, e recebeu a homenagem pela União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição (UDNSC), da comunidade de Igarapé do Lago.

Governador do Amapá, Clécio Luís, prestigiou a entrega do prêmio aos homenageados

Outro homenageado foi Pedro Nascimento, de 68 anos. Ele vem da comunidade de Abacate da Pedreira, onde o toque de marabaixo é parte importante da festividade em honra a São José, realizada na região.

“A melhor homenagem é aquela recebida em vida. Cada reconhecimento serve de motivação e nos motiva a continuar nessa caminhada”, diz Nascimento.

Pedro de Assis Nascimento, homenageado da comunidade de Abacate da Pedreira
Prêmio reforça a importância dos tocadores para a cultura e as tradições afro-amapaenses

Conforme a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, o Prêmio Mestre Jorge é mais uma ferramenta para promover a diversidade cultural, incentivando a troca de experiências entre marabaixeiros e reforçando a representatividade social.

“O marabaixo é feito por pessoas que atuam em diferentes frentes e aqui reconhecemos a importância dos tocadores de caixa para a manutenção e fortalecimento dessa cultura que é patrimônio do Brasil. É reconhecimento, mas também é agradecimento”, destaca a gestora.

Diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos

Os nomes escolhidos representam mais de 50 grupos, entre marabaixo, batuque, zimba e sairé, de diferentes comunidades. O prêmio ratifica o reconhecimento da importância do fazer cultural dos homenageados para a manutenção da cultura e das tradições afro-amapaenses.

Na ocasião, o governador do Amapá, Clécio Luís, também assinou o decreto que oficializou o título de Embaixador do Marabaixo ao artista Carlinhos Brown.

Governador do Amapá, Clécio Luís, assinou o decreto que oficializou título de Embaixador do Marabaixo a Carlinhos Brown

Valorização do marabaixo

O Governo do Estado valoriza e apoia a cultura marabaixeira. O investimento é recorde para o Ciclo do Marabaixo 2025: R$ 2,5 milhões, fruto de recursos do Tesouro Estadual e de emenda destinada pelo senador Randolfe Rodrigues.

Para a edição deste ano, a organização anunciou diversas novidades. Entre elas, dois eventos esportivos: uma corrida de rua e um "pedal" que irão percorrer os barracões que realizam a festividade. Ainda estão previstos os lançamentos de uma cartilha, uma revista e um documentário sobre a cultura marabaixeira amapaense.

Outra novidade, é a primeira edição do projeto “Marabaixando entre Versos e Ladrões pelas plataformas digitais: O cantar do Marabaixo, dos tradicionais barracões para o mundo”, uma iniciativa do Governo do Amapá que promoveu a gravação de 16 faixas de "ladrões" de Marabaixo, levando os cantos tradicionais para as principais plataformas de streaming, na internet, e ampliando seu alcance para além dos barracões e rodas culturais.

A honraria, concedida pelo Governo do Estado, homenageou 120 tocadores

Central do Ciclo

Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo do Amapá evidenciou a cultura marabaixeira com a Central do Ciclo do Marabaixo, espaço montado no Centro de Cultura Negra, no Laguinho, como prévia da grande programação. Em abril, o espaço foi a grande vitrine dos fazeres religiosos e culturais do que os grupos realizam nos barracões durante o Ciclo, mostrando os rituais, os elementos, a culinária e a tradicional gengibirra.

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ÁREA: Cultura