Governo do Amapá promove seminário para reforçar atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência
Iniciativa promovida pela Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, contou com cerca de 100 participantes e aconteceu nesta sexta-feira, 6, no Museu Sacaca.

Nesta sexta-feira, 6, o Governo do Amapá realizou o seminário “Violência contra a mulher: uma abordagem aos crimes sexuais e feminicídio”, com o objetivo de aprimorar a atuação do policial militar diante de casos de feminicídio, violência sexual e outros crimes relacionados à violência de gênero, além de atualizar os participantes sobre a legislação vigente.
A iniciativa, promovida pela Coordenação da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Amapá (PM-AP), reforça a importância do atendimento mais humanizado às vítimas, além de enfatizar a relevância do correto preenchimento dos boletins de ocorrência e do manejo adequado de vestígios e provas, essenciais para o enfrentamento à impunidade.
Ao todo, cerca de 100 profissionais participaram da atividade, entre policiais militares, integrantes do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), e convidados.
De acordo com a capitã Waldenice Nogueira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, o seminário reforça o compromisso em promover ações de capacitação contínua, fortalecendo a rede de proteção às mulheres e ampliando a eficácia do trabalho policial nas ocorrências de violência doméstica e sexual no estado.

"Essa capacitação vai além do treinamento técnico. Estamos buscando fortalecer a rede de proteção às mulheres e oferecer um suporte mais eficiente ao sistema de Justiça. O evento conta com palestrantes que abordam desde a importância da correta inserção de dados nos boletins de ocorrência até orientações sobre a preservação da cadeia de custódia. Isso é fundamental para subsidiar o trabalho da Polícia Civil e do Poder Judiciário”, disse a militar.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha acrescenta que a capacitação também contempla policiais que atuam no interior do estado, com o objetivo de ampliar a rede de atendimento e formar multiplicadores do conhecimento nas regiões mais afastadas. Waldenice também destaca ainda que, além da parte teórica, o evento também visa sensibilizar os profissionais sobre a responsabilidade social do serviço prestado.
"Estamos expandindo as informações para que esses profissionais possam atuar com a mesma qualidade, mesmo em localidades mais distantes. A qualificação contínua dos policiais permite um atendimento mais humanizado e eficaz às vítimas, além de possibilitar o compartilhamento de conhecimento entre os colegas”, concluiu a capitã.

Pablo Francez, perito criminal e chefe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica do Amapá (PCA), foi um dos palestrantes do seminário e falou sobre a importância do trabalho do policial militar nas primeiras etapas da cadeia de custódia, fase essencial para assegurar a validade e a confiabilidade das provas em uma investigação criminal.
De acordo Francez, a correta condução dessas etapas iniciais maximiza a eficácia do trabalho pericial e fortalece o trabalho integrado de todas as forças envolvidas na investigação.

"O papel do policial militar é fundamental nas primeiras etapas da cadeia de custódia. É ele quem realiza o isolamento e a preservação da cena, garantindo a integridade dos vestígios coletados. Essa atuação é crucial para evitar qualquer tipo de contaminação ou troca de material, fatores que podem comprometer a investigação e até levar ao questionamento jurídico por parte da defesa. Preservar corretamente esses elementos, é essencial para que o trabalho pericial tenha máxima eficácia e para que todo o sistema de segurança pública atue de forma integrada e eficiente", frisou o perito.
Trabalho da Patrulha Maria da Penha
Dados fornecidos pela coordenadora mostram que, atualmente, a Patrulha Maria da Penha acompanha mais de 1,2 mil medidas protetivas em vigor no estado. O trabalho inclui também visitas às vítimas de ocorrências registradas pelo 190, com prestação de apoio e orientações, garantindo que a mulher não fique sem resposta da corporação.
A atuação da Patrulha é desenvolvida por quatro equipes operacionais que cobrem as áreas de Macapá e Santana. Cada guarnição conta com a presença de ao menos uma policial feminina, garantindo um atendimento mais acolhedor e adequado às mulheres vítimas de violência.
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