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SEGURANÇA PÚBLICA

Governo do Amapá promove seminário para reforçar atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência

Iniciativa promovida pela Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, contou com cerca de 100 participantes e aconteceu nesta sexta-feira, 6, no Museu Sacaca.

Por Marcelle Corrêa
07/06/2025 10h40
Seminário abrangeu mais de 100 profissionais entre militares e convidados

Nesta sexta-feira, 6, o Governo do Amapá realizou o seminário “Violência contra a mulher: uma abordagem aos crimes sexuais e feminicídio”, com o objetivo de aprimorar a atuação do policial militar diante de casos de feminicídio, violência sexual e outros crimes relacionados à violência de gênero, além de atualizar os participantes sobre a legislação vigente.

A iniciativa, promovida pela Coordenação da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Amapá (PM-AP), reforça a importância do atendimento mais humanizado às vítimas, além de enfatizar a relevância do correto preenchimento dos boletins de ocorrência e do manejo adequado de vestígios e provas, essenciais para o enfrentamento à impunidade.

Ao todo, cerca de 100 profissionais participaram da atividade, entre policiais militares, integrantes do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), e convidados.

De acordo com a capitã Waldenice Nogueira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, o seminário reforça o compromisso em promover ações de capacitação contínua, fortalecendo a rede de proteção às mulheres e ampliando a eficácia do trabalho policial nas ocorrências de violência doméstica e sexual no estado.

Capitã Waldenice Nogueira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha da PM-AP

"Essa capacitação vai além do treinamento técnico. Estamos buscando fortalecer a rede de proteção às mulheres e oferecer um suporte mais eficiente ao sistema de Justiça. O evento conta com palestrantes que abordam desde a importância da correta inserção de dados nos boletins de ocorrência até orientações sobre a preservação da cadeia de custódia. Isso é fundamental para subsidiar o trabalho da Polícia Civil e do Poder Judiciário”, disse a militar.

A coordenadora da Patrulha Maria da Penha acrescenta que a capacitação também contempla policiais que atuam no interior do estado, com o objetivo de ampliar a rede de atendimento e formar multiplicadores do conhecimento nas regiões mais afastadas. Waldenice também destaca ainda que, além da parte teórica, o evento também visa sensibilizar os profissionais sobre a responsabilidade social do serviço prestado.

"Estamos expandindo as informações para que esses profissionais possam atuar com a mesma qualidade, mesmo em localidades mais distantes. A qualificação contínua dos policiais permite um atendimento mais humanizado e eficaz às vítimas, além de possibilitar o compartilhamento de conhecimento entre os colegas”, concluiu a capitã.

Seminário atualizou participantes sobre a legislação vigente

Pablo Francez, perito criminal e chefe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica do Amapá (PCA), foi um dos palestrantes do seminário e falou sobre a importância do trabalho do policial militar nas primeiras etapas da cadeia de custódia, fase essencial para assegurar a validade e a confiabilidade das provas em uma investigação criminal.

De acordo Francez, a correta condução dessas etapas iniciais maximiza a eficácia do trabalho pericial e fortalece o trabalho integrado de todas as forças envolvidas na investigação. 

Pablo Francez, perito criminal e chefe do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica do Amapá

"O papel do policial militar é fundamental nas primeiras etapas da cadeia de custódia. É ele quem realiza o isolamento e a preservação da cena, garantindo a integridade dos vestígios coletados. Essa atuação é crucial para evitar qualquer tipo de contaminação ou troca de material, fatores que podem comprometer a investigação e até levar ao questionamento jurídico por parte da defesa. Preservar corretamente esses elementos, é essencial para que o trabalho pericial tenha máxima eficácia e para que todo o sistema de segurança pública atue de forma integrada e eficiente", frisou o perito.

Trabalho da Patrulha Maria da Penha

Dados fornecidos pela coordenadora mostram que, atualmente, a Patrulha Maria da Penha acompanha mais de 1,2 mil medidas protetivas em vigor no estado. O trabalho inclui também visitas às vítimas de ocorrências registradas pelo 190, com prestação de apoio e orientações, garantindo que a mulher não fique sem resposta da corporação.

A atuação da Patrulha é desenvolvida por quatro equipes operacionais que cobrem as áreas de Macapá e Santana. Cada guarnição conta com a presença de ao menos uma policial feminina, garantindo um atendimento mais acolhedor e adequado às mulheres vítimas de violência.

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