Conselho Estadual das Mulheres do Governo do Amapá debate retomada das conferências livres, em Macapá
Lideranças feministas da sociedade civil e do poder público buscam traçar estratégias para que encontros voltem a acontecer após 10 anos.

Um importante passo no fortalecimento das políticas públicas para mulheres foi dado nesta terça-feira,10, com a primeira reunião extraordinária do Conselho Estadual das Mulheres do Amapá (Cedimap) no auditório do Ministério Público (MP-AP), onde os movimentos feministas debateram, entre diversos temas, a retomada das conferências livres.
A objetivo do Cedimap é ampliar os debates em conjunto com os movimentos de mulheres que integram a estrutura do colegiado, para acontecer a redução da desigualdade e construções de direitos, além de retomar a frequência das conferências livres. A última aconteceu em 2015, como explicou a presidente do Conselho Estadual das Mulheres do Amapá, Alzira Nogueira.

“As conferências definem diretrizes para as políticas públicas de promoção, defesa dos direitos das mulheres e igualdade de gênero, promovendo um espaço mais justo para todas. É um momento de preparação, mobilização e construção de aliança para que a gente possa avançar em todos os cantos do estado para mudar a vida das mulheres do nosso Amapá”, afirmou a presidente.
Alzira Nogueira disse ainda que conferências municipais e livres antecedem a Conferência Estadual, com o tema “Mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas”, prevista para acontecer nos dias 22 e 23 de agosto. Os eventos são espaços de controle e participação social para que a sociedade aponte as diretrizes necessárias para redução da desigualdade e ampliação de direitos das mulheres.
Diversos segmentos participam da estrutura do colegiado, incluindo sociedade civil e poder público. Uma das integrantes foi Bruna Silva, de 37 anos, que representa a cultura do hip hop há dois anos no Amapá e integra o grupo “Natural Hep”.
“Acho muito importantes essa programação porque a gente aprende sobre os outros segmentos do movimento, e não apenas o nosso”, ressaltou Bruna.

Outra pessoa que integrou o encontro foi a doméstica Ana Goreth, que faz parte da Associação das Empregadas Domésticas (Olandi) do bairro Zerão, na Zona Sul da capital, e falou que a iniciativa ajuda a ampliar os conhecimentos.
“Integro a Olandi há cinco anos, e me sinto muito honrada em participar desses encontros, porque é uma forma da gente aprender mais e buscar conhecimento”, disse Ana.

Cedimap
O Cedimap tem como função acompanhar, fiscalizar e monitorar as políticas públicas femininas. O colegiado é composto por 32 membros, entre titulares e suplentes, sendo 16 representantes da sociedade civil e 16 representantes do poder público. Entre os desafios permanentes está a luta pelo fim do feminicídio, e o avanço na inclusão econômica das mulheres para romper o ciclo de violência.
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