Governador Clécio Luís defende em Belém a união entre Amapá e Pará por agenda de equilíbrio ambiental e econômico

Presente no Amazon Energy 2025, evento pré-COP do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) que discute oportunidades e os desafios da produção energética na região, o governador Clécio Luís defendeu a união entre os estados do Amapá e do Pará na defesa do equilíbrio de proteção ambiental e desenvolvimento econômico na Amazônia. A região será a principal beneficiada com as autorizações aguardadas para exploração e produção de petróleo e gás na Margem Equatorial.

O encontro, que iniciou na quarta-feira, 25, ocorre em Belém, reúne especialistas, autoridades, empresários e representantes da sociedade civil e tem como tema “Integração Energética para o Progresso da Amazônia, com Sustentabilidade e Inclusão Social”.

“Nós precisamos estar juntos. Nós temos bons exemplos de produção de energia limpa. Se o Amapá se juntar ao Pará e traçarmos objetivos e estratégias comuns, as chances de vitória para o nosso povo são muito maiores. A gente precisa mostrar a Amazônia de verdade: fantástica, linda com sua floresta e povos tradicionais, mas que seu povo vive na pobreza. A realidade é muito dramática e nós precisamos dar futuro. E só se gera futuro com novos negócios. É isso que nós queremos fazer com o petróleo, dando essa escala econômica, numa atuação séria, respeitando a Amazônia e financiando a preservação e o desenvolvimento”, afirmou Clécio Luís. 

O governador contextualizou aos participantes do Amazon Energy as potências do Amapá, por sua localização estratégica, sobretudo pela condição logística e da fronteira com a França e o mercado europeu por meio da Guiana Francesa, e ainda o protagonismo do estado na produção de energia limpa e na diversificação energética.

Apresentou o Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, lançado na quarta-feira e que promove visão integrada do maior gerador de energia limpa do Amapá; o Código de Governança Socioambiental, que garante segurança jurídica para investimentos no estado; e o Atlas Solar, com todos o potencial de produção de energia solar em território amapaense. 

Clécio evidenciou ainda que os estados da Amazônia precisam se preparar para enfrentar com protagonismo os debates da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP30, que acontece em novembro, em Belém.

Moderado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, o painel "Políticas do Estado do Amapá com foco em fomentar as atividades dos segmentos de energia (petróleo, gás, eólica, solar e biomassa), aliando práticas de sustentabilidade e inclusão social" encerrou o primeiro dia de programação.

“Pará e Amapá, com convergência e propósito. Nós sabemos dos preparativos que o Estado Amapá vem fazendo, que é muitíssimo importante para nós daqui do Pará. No aspecto de complementaridade, de irmandade, de união, um pacto pela Amazônia, a Margem Equatorial servirá para nos unir de verdade, então que sejamos unidos em prol de uma agenda de desenvolvimento sustentável, verdadeira, factível e real”, completou o presidente do Fiepa.

Amazon Energy 2025
O primeiro dia contou com sete painéis, por meio de cinco eixos temáticos, que abordaram desde as perspectivas de crescimento e o atual panorama do setor até o uso de tecnologias e a importância da Amazônia na nova geopolítica dos recursos naturais.

A programação segue até esta quinta-feira, 26, quando será formulada a Carta de Belém, com os principais compromissos e recomendações do seminário para contribuir com a COP30, alinhando políticas públicas e estratégias empresariais relacionadas a fontes de energia e transição energética.

Participam do evento o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, agentes políticos, especialistas e representantes de diferentes empresas do setor energético brasileiro. Realizado pela FIEPA, o evento conta com o selo da Jornada COP+, organização da Vita Digital Soluções e apoio do IBP, Centro das Indústrias do Pará, e Associação Comercial do Pará.

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