Governo do Estado e Ministério da Educação reúnem especialistas para debater futuro da educação híbrida no Amapá
Parceria dá início à implementação da modalidade de ensino após entrega de três Núcleos de Inovação.
Dando continuidade às ações de inovação, melhoria e implementação de tecnologias no ensino público, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Governo do Amapá, sediou a palestra “Educação Híbrida – Trajetórias e Perspectivas no estado do Amapá”, na sexta-feira, 27, no auditório do Museu Sacaca, em Macapá.
A palestra foi um desdobramento da entrega dos três Núcleos de Inovação da Educação, criados para fortalecer a educação híbrida no Amapá. O evento reuniu gestores, professores e especialistas da Secretaria de Estado da Educação (Seed) para discutir a implementação do novo ensino médio e os desafios da integração tecnológica nas escolas.
Valdirene Alves de Oliveira, coordenadora-geral de Ensino Médio do MEC, e Alan Jesse, chefe da unidade de educação a distância da Seed, conduziram a apresentação. O foco foi a educação híbrida como estratégia inovadora para modernizar o ensino médio, considerando a nova organização curricular por itinerários formativos.
“Educação híbrida não é ensino à distância. É um modelo que valoriza a presença do professor e permite o aprofundamento nas áreas do conhecimento, conforme previsto pela nova legislação do ensino médio. O Amapá está de parabéns por investir nessa estrutura e na formação de professores”, pontuou Valdirene.
Ela também reforçou que a formação docente está em andamento, com foco no uso pedagógico dos núcleos e no planejamento integrado das atividades escolares.
Presente na palestra, a secretária adjunta de Gestão de Pessoas da Seed, Ivone Conceição, falou sobre o impacto que os núcleos trarão para a rede pública de ensino do Estado, especialmente na ampliação do acesso à inovação pedagógica e tecnológica.
“A aquisição dos três núcleos de inovação representa uma grande conquista para a educação do Amapá. São equipamentos de aprendizagem voltados tanto para a formação de professores quanto para a produção e transmissão de aulas. Esses espaços inovadores vão levar conhecimento até a ponta, inclusive para regiões mais afastadas, fortalecendo a educação básica e as ações voltadas ao ENEM”, explicou a secretária.
A professora de artes Edna Rodrigues, que participou da construção dos novos itinerários formativos do ensino médio, ao lado de outros docentes do Estado, ressaltou a importância do envolvimento direto dos educadores locais nas decisões sobre o currículo.
“Fizemos parte de um grupo técnico nacional para estruturar os itinerários por área do conhecimento. Agora estamos na fase de implantação e, a partir de 2026, iniciaremos o monitoramento para verificar como essas mudanças estão sendo absorvidas pelas escolas”, afirmou Edna.
Durante o encontro, foi anunciada a abertura de 288 vagas para o curso de especialização em Gestão da Escola Pública de Ensino Médio, voltado a diretores e coordenadores pedagógicos do Amapá. A capacitação será certificada pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), com inscrições abertas até a primeira semana de julho.
Por que investir em educação híbrida?
A educação híbrida representa uma resposta aos desafios da aprendizagem no século XXI. Entre os principais benefícios estão:
- Integração entre ensino presencial e ferramentas digitais;
- Flexibilidade para estudantes e professores;
- Ampliação do acesso a conteúdos de qualidade;
- Promoção de uma aprendizagem mais personalizada;
- Fortalecimento da autonomia do estudante.
Centros de Inovação para a educação básica
Três Núcleos de Inovação foram inaugurados em Macapá pelo Governo do Amapá, como parte da estratégia para integrar tecnologias digitais ao ensino público no estado. Os espaços são voltados à produção e transmissão de conteúdos educacionais com foco na educação híbrida, além de servirem como base para formações de professores, apoio ao ENEM e disseminação de materiais para o ensino fundamental e médio.
Os centros estão equipados com câmeras robóticas, kits de iluminação, notebooks, microfones, tablets, TVs e ilhas de edição, proporcionando estrutura completa para produções pedagógicas de alta qualidade. A iniciativa recebeu investimento de R$ 1,8 milhão do Governo Federal e R$ 240 mil do Governo do Amapá, e faz parte da Rede de Inovação para a Educação Híbrida (RIEH), que fortalece a infraestrutura educacional em todo o país.
Com os novos núcleos e o engajamento das redes de ensino, o Amapá se destaca como um dos primeiros estados a integrar, de forma concreta, tecnologia e currículo em sua política educacional.
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