Arte e acolhimento: pinturas em grafite transformam as paredes da ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas Dr. Alberto Lima
Parceria com projeto de grafiteiros leva arte urbana e transforma espaço, oferecendo uma experiência visual mais leve e acolhedora.

A arte urbana ganhou novo significado dentro do Hospital das Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal). Por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o grupo de grafiteiros Santa Lata, cores, formas e expressividade tomaram conta da ala psiquiátrica da unidade, promovendo um ambiente mais humanizado e inspirador para os pacientes em tratamento.
A iniciativa integra um projeto inovador que utiliza o grafite como ferramenta terapêutica, oferecendo aos internos um canal de expressão criativa, liberdade emocional e estímulo ao bem-estar. A intervenção também proporciona uma experiência visual mais leve e acolhedora para todos que frequentam o espaço.

O responsável técnico da clínica de saúde mental do Hcal, Junior Amorim, destaca que a proposta atende a um antigo desejo da equipe multiprofissional, formada por médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
“Já tínhamos esse anseio de transformar o ambiente, de permitir que os pacientes se reconhecessem e se expressassem por meio da arte. Essa parceria com o projeto Santa Lata traz uma nova perspectiva para o tratamento”, afirma Amorim.

Durante a ação, os artistas criaram murais que dialogam com o universo dos internos. Uma das paredes foi reservada especialmente para que os próprios pacientes deixem suas marcas artísticas.
“Eles ficam empolgados, participam, opinam. É uma forma de ocuparem esse espaço com algo que é deles, que tem significado”, completa Amorim.

Com dois anos de atuação, o Projeto Santa Lata é composto por grafiteiros, profissionais de arte urbana, comunicação visual e intervenção cultural. O grupo realiza ações em escolas, centros comunitários e agora também em unidades de saúde.
O grafiteiro Edricy França, coordenador do coletivo, ressalta a importância da representatividade.
“A arte tem esse poder de refletir sentimentos, histórias e esperanças. Aqui, ela vai além da estética, é um caminho de conexão com os pacientes", disse França.

A proposta segue as diretrizes das políticas públicas de humanização dos serviços de saúde mental, ampliando os horizontes terapêuticos para além dos métodos convencionais.
“A presença da arte reforça a importância de ambientes acolhedores no processo de reabilitação, sobretudo quando se trata de saúde mental”, destaca Nair Mota, secretária de Estado da Saúde.
A ação contou com o apoio da Sesa e da empresa Limpex, que contribuíram de forma significativa para que a arte se tornasse realidade, transformando as paredes em uma linguagem visual repleta de sentido e emoção.

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