Governo do Amapá realiza diálogo com agricultores sobre combate à vassoura-de-bruxa, em Porto Grande
Reunião foi um espaço de escuta ativa e troca de conhecimentos, onde os produtores relataram dificuldades e esclareceram dúvidas sobre a doença fúngica que compromete a produção agrícola.

O Governo do Amapá realizou na quarta-feira, 23, um encontro com agricultores da Colônia do Matapi, no município de Porto Grande, para discutir ações de combate à praga conhecida como vassoura-de-bruxa, que tem afetado plantações em diversas regiões do estado.
A reunião foi um espaço de escuta ativa e troca de conhecimentos, onde os produtores relataram dificuldades e esclareceram dúvidas sobre a doença fúngica que compromete a produção agrícola.
Técnicos e representantes do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participaram da ação, prestando orientações sobre medidas preventivas e de controle da infecção.

O encontro também foi uma oportunidade para apresentar alternativas e soluções sustentáveis que minimizem os impactos da vassoura de bruxa nas lavouras locais. Atualmente, a praga já atinge plantações em oito municípios do estado, tornando essencial a mobilização e o suporte técnico aos agricultores.
O diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, anunciou que o órgão lançará em breve o aplicativo Guardião Rural, uma ferramenta que permitirá aos produtores alimentarem uma base de dados com informações das suas propriedades, facilitando o monitoramento e a resposta rápida a pragas e doenças. A partir dessas informações, Embrapa, Diagro, Ministério da Agricultura e o próprio Estado poderão agir com mais precisão.

Kelson também destacou que o Estado do Amapá está retomando o investimento de R$ 20 milhões no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com edital previsto para lançamento.
“Nossa intenção é retomar a compra de produtos como a macaxeira, garantindo apoio à produção local. O compromisso do Rurap também é retornar à região para organizar informações, apoiar os agricultores e dar continuidade aos atendimentos, como os já realizados por meio das caravanas com emissão de CAFs, assim, mantemos o Estado presente e atuante ao lado do produtor rural”, concluiu.
A secretária de Desenvolvimento Rural, Beatriz Barros, ressaltou a seriedade da situação e a importância de uma ação coletiva.

“Desde a identificação da praga no estado, o governador Clécio Luís tem nos orientado a tratar a situação com responsabilidade. Na terça-feira, 21, foi publicado o decreto que coloca o município de Porto Grande em estado de emergência, após a confirmação da praga pela Diagro. Nosso objetivo aqui não é alarmar, mas informar e construir soluções juntos. Estamos iniciando um processo de enfrentamento baseado na ciência, pesquisa e apoio técnico. A doença ainda é pouco conhecida e devastadora, por isso algumas medidas podem parecer rígidas, mas são necessárias”, afirmou.
Durante a explanação, o diretor-presidente da Diagro, Álvaro Cavalcante, destacou que todas as demandas apresentadas pelos agricultores serão analisadas e que soluções estão sendo estudadas.

“Sabemos que essa situação da vassoura de bruxa em Porto Grande pegou todo mundo de surpresa. Não queríamos anunciar nada antes de termos informações concretas. Agora que a situação foi confirmada oficialmente, vamos atuar em conjunto, setor por setor”, reforçou Cavalcante.
O agricultor Sérgio Irineu, que também cultiva macaxeira, compartilhou a preocupação com a situação, mas falou também das medidas necessárias para combater o fungo.
“Estamos no meio do mundo, e por essa condição, vivemos no que pode ser chamado de ‘paraíso dos fungos’. Nosso clima combina todos os fatores ideais para o desenvolvimento deles: calor, umidade e acidez. Diante disso, precisamos de medidas enérgicas, de intervenções mais eficazes, talvez até mais fortes do que as que foram feitas em comunidades indígenas. Agora não é hora de testar proatividade, é hora de testar resistência e tolerância”, finalizou Irineu.
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