Governo do Amapá promove aula magna sobre sustentabilidade e inovação na mineração
A iniciativa aborda o desenvolvimento do setor mineral e a rastreabilidade do produto na teoria e na prática.
Mantendo o foco nas políticas públicas e no desenvolvimento sustentável do setor mineral, o Governo do Amapá promoveu uma aula magna focada na sustentabilidade ambiental na mineração e rastreabilidade do ouro.
O encontro, na terça-feira, 29, ocorreu na sede da Secretaria de Estado da Mineração (Semin), em Macapá, com a participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Estado do Amapá (Fecoomi) e de secretários municipais de mineração.
“As boas práticas na mineração consiste em adotar medidas de gestão e monitoramento de barragens de rejeitos, garantindo a segurança das estruturas e prevenindo acidentes. A rastreabilidade do ouro é um processo que visa identificar exatamente de onde o mineral foi produzido. É como se fosse o DNA do ouro para evitar que ele seja comercializado de maneira irregular”, pontuou o secretário de Estado da Semin, Haolibamo Mamede.
O diretor-presidente da Fecoomi, Alexandre Lacabanne, disse que o evento é o acumulado de ações que vêm ocorrendo ao longo do tempo para o fortalecimento do cooperativismo mineral no Amapá. “O fortalecimento se dá não apenas no cooperativismo mas na mineração como um todo e o rastreamento mineral atende uma demanda que se faz necessário em nosso território para que se legalize a exploração evitando as ações clandestinas no comércio do ouro”, comentou.
A certificação do ouro no Brasil está em desenvolvimento e projetos de lei estão sendo criados para rastrear e certificar o mineral como a Certificação de Conformidade e Origem (CCO).O geólogo graduado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Maurício Favacho, palestrou no evento com o tema “Rastreabilidade do Ouro: Transparência, Sustentabilidade e Desenvolvimento Regional do Amapá”.
O geólogo destacou que devido ao fim da presunção da boa fé referente ao ouro, as cooperativas e mineradoras de pequeno e média escala, estão sendo convidadas a certificar suas minerações de ouro, promovendo a rastreabilidade do minério.
“Estamos propondo a certificação dentro do Programa Green Gold, que está baseado em ciência e geoquímica desse ouro, onde é feito uma análise do minério não puro, e na parte da rastreabilidade é aplicado tecnologias que garante as etapas por onde esse ouro passou até que chegue ao cliente final de forma legal e ética”, acrescentou Maurício.
No final do evento ocorreu um painel temático e uma roda de conversa, abordando temas como: Inovações Tecnológicas aplicadas à mineração sustentável e Caminhos para uma Mineração Inclusiva e Sustentável no Amapá.
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