Força-tarefa da Segurança Pública do Amapá efetua prisões de suspeitos de crime no garimpo entre Amapá e Pará
Sete pessoas foram presas preventivamente, entre elas cinco policiais militares, um guarda civil de Laranjal do Jari e um garimpeiro da região; investigações continuam.

As forças de segurança do Amapá seguem avançando nas investigações sobre o ocorrido registrado na região de Almeirim (PA), na divisa com Laranjal do Jari (AP), no Sul do estado. Na manhã desta terça-feira, 12, sete pessoas foram presas preventivamente suspeitas de envolvimento em um crime que vitimou oito pessoas.
As prisões aconteceram em Macapá e em Laranjal do Jari, e na continuidade da ação foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão na casa dos detidos.
Entre os presos estão cinco policiais militares, um guarda civil municipal de Laranjal do Jari e um garimpeiro da região. As prisões preventivas foram decretadas por indícios de participação direta nas mortes.

O Governo do Amapá reafirma o compromisso com a condução célere e rigorosa dos procedimentos administrativos e judiciais, e mantém empenho total para o esclarecimento completo do caso, buscando justiça para as vítimas e seus familiares.
"Nesta primeira etapa, as prisões preventivas deferidas, juntamente com as buscas e apreensões, vão determinar a questão da motivação e também a eventual participação ou colaboração de outras pessoas nesse evento criminoso. O que nós temos com esses cumprimentos de mandados são as evidências que apontam que esses suspeitos participaram efetivamente de toda a ação. A fase subsequente é dos interrogatórios, e em seguida, teremos a audiência de custódia de todos os presos", declarou Cézar Vieira, delegado-geral da Polícia Civil do Amapá.

Trabalho investigativo
De acordo com as investigações da Polícia Civil, a abordagem fatídica ao grupo teria ocorrido na segunda-feira, 4, e os corpos começaram a ser localizados na quinta-feira, 7. Duas caminhonetes utilizadas pelas vítimas foram incendiadas.
Ainda segundo a PC, uma das dinâmicas que estão sendo apuradas indica que as vítimas retornavam do local onde haviam negociado terras em uma área conhecida pela prática do garimpo ilegal, quando foram surpreendidas pelos suspeitos, que aguardavam em um ponto estratégico. Ainda não há a motivação oficialmente divulgada, já que a apuração ocorre sob segredo de justiça.

Um homem que estava no grupo, de acordo com o levantamento das informações policiais, permaneceu no garimpo enquanto as vítimas desceram para o local onde o crime aconteceu. Ele teria reconhecido os suspeitos, pois teriam sido abordados por eles quando seguiam para a área de extração de ouro. O homem foi resgatado pela Companhia de Operações Especiais do Bope e pelo Grupo Tático Aéreo (GTA).
O depoimento desta testemunha foi considerado pelos agentes da segurança um fator importante para o avanço das investigações. A PC aguarda os resultados técnicos da perícia para confirmar mais detalhes da ação criminosa.
As investigações reuniram um conjunto de situações, circunstâncias e elementos que, segundo as autoridades, formaram a convicção inicial para a solicitação das medidas cautelares. De acordo com a apuração, esses fatores foram determinantes para embasar as representações apresentadas à Justiça amapaense.
"O nosso objetivo principal é esclarecer toda a verdade, numa linha do tempo, sem esquecermos ou sem deixarmos ninguém de fora. Qualquer um, qualquer pessoa que tenha participado do contexto desse crime, efetivamente vai integrar a investigação e responderá judicialmente por sua conduta", adiantou Vieira.

Sobre um possível mandante, Cézar Vieira esclarece: "De concreto, ainda não podemos divulgar, mas estamos trabalhando também nessa linha de investigação. Temos quatro delegados presidindo várias equipes, como equipes de inteligência, equipes de base, equipes de rua, levantando todas as informações para que também nós tenhamos o próximo passo tão acertado quanto foi o primeiro", informou o delegado-geral.
Posicionamento da PM
O comandante da Polícia Militar, coronel Costa Júnior, enfatiza que as forças de segurança do Estado, com o apoio doa setores de inteligência da Polícia Civil, da PM e da Coordenação de Inteligência e Operações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), atuaram de forma integrada para elucidar o caso. O gestor salienta que o avanço das investigações levou à identificação dos supostos autores, o que, segundo apuração, envolve policiais militares que estariam de folga no momento dos fatos.
"Trabalhamos incessantemente para elucidar e, com o caminhar das investigações conseguimos chegar às supostas autorias, que infelizmente envolve policiais militares. É importante salientar que a nossa instituição não compactua e repudia qualquer tipo de conduta irregular. Temos um trabalho gigantesco no dia a dia e um compromisso inabalável com o cumprimento da lei e a proteção das pessoas. As prisões de hoje são reflexo de uma ação conjunta que está no caminho certo. Os trabalhos ainda vão continuar, e, com certeza vamos fazer a justiça, que é o que todo o povo do Amapá cobra, precisa, com certeza vai ter", disse o comandante da PM.
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