Zona Franca Verde deve criar um novo espaço econômico no Amapá
O novo polo industrial, que será instalado na Área de Livre Comércio Macapá e Santana , traz muitos desafios ao Estado.
Diferente da atual Área de Livre Comércio (ALC), na qual os incentivos fiscais limitem a compra e venda de produtos para circulação local, a Zona Franca Verde concederá benefícios para indústrias e os produtos produzidos poderão ser comercializados em todo o território nacional e exportados.
O novo polo industrial, que será instalado na Área de Livre Comércio Macapá e Santana (ALCMS), traz muitos desafios ao Estado, e com isso uma nova perspectiva de desenvolvimento e crescimento econômico.
Produtos mais em conta
Como os produtos industrializados a partir da ZFV tendem a ter seus custos menores e, possivelmente, tanto os comerciantes quanto os consumidores serão beneficiados. A tendência é que o produto industrializado com a matéria-prima regional fique mais barato. Hoje, a maioria dos produtos consumidos no Amapá ainda são oriundos de outros Estados, como o frango, por exemplo.
O ciclo ainda compreende uma cadeia de geração de postos de trabalho e serviços, que naturalmente aumentariam a arrecadação do Estado. Com uma arrecadação maior, o Amapá terá mais recursos para investimentos em áreas prioritárias como Saúde, Educação e Segurança Pública.
Parque industrial
O parque industrial do Amapá será composto não apenas por grandes empresas, mas também por pequenos empreendedores do Estado.
De acordo com a coordenadora-geral de estudos técnicos econômicos e empresariais da Suframa, Ana Maria Oliveira de Souza, a indução do desenvolvimento proveniente da matéria-prima da região é um grande ganho para todos os amazônidas. “O Amapá terá condição de fomentar o pequeno empreendedor, a cooperativa, o produtor individual, como também trazer tecnologia para o desenvolvimento da bioindústria e do bionegócio, explicou”.
Ela lembra que esse será um projeto construído ao longo de anos, mas com importantes ganhos sociais, econômicos, tributários e infraestruturais, não apenas para a Área de Livre Comércio, mas para todo o Estado.
O governador Waldez Góes afirma que o governo também está estudando os tributos estaduais e municipais, para que o Amapá se torne mais atrativo aos investidores externos. “Queremos atrair o máximo que pudermos de industrialização no Estado do Amapá e não apenas com a isenção de IPI, mas também com adequação de novos tributos, em termos de vantagens competitivas para aqueles que empreenderem aqui”, ressaltou.
O chefe do Executivo estadual também destaca, entre as vantagens da produção no Estado, a possibilidade de agregar outros valores, como o comprometimento e a preservação ambiental do Amapá.
Para o prefeito de Santana, Robson Rocha, a Zona Franca Verde proporcionará a movimentação efetiva de carga no Porto de Santana fomentando, automaticamente, o desenvolvimento regional. “É a oportunidade de deixarmos de ser apenas destinatários da produção de outros Estados”, finalizou.
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