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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Administrado pelo Governo do Estado, Hospital de Emergência de Macapá orienta população sobre casos de baixa complexidade

Mais da metade dos casos poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento municipais, evitando superlotação da unidade.

Por Júnior Nery
26/09/2025 10h30
Governo do Amapá segue no HE o Protocolo de Manchester, sistema internacional que classifica os atendimentos por cores

O Hospital de Emergência (HE) de Macapá é referência no atendimento a casos graves e de risco iminente de vida. No entanto, diariamente, a unidade recebe um grande número de pacientes com quadros de baixa complexidade, que deveriam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais.

O Governo do Amapá segue no HE o Protocolo de Manchester, sistema internacional que classifica os atendimentos por cores conforme a gravidade do caso. A cor vermelha indica risco iminente de morte, exigindo atendimento imediato. A laranja aponta risco moderado a grave, com necessidade de cuidados rápidos. Já os atendimentos amarelos, verdes e azuis indicam menor risco, podendo ser resolvidos em serviços de atenção básica.

Kathy Corina Duarte, médica do HE

De acordo com a médica do HE, Kathy Corina Duarte, a maior parte dos pacientes não apresenta risco imediato de morte.

“A minoria dos atendimentos são de pacientes com cor laranja para cima, que são o nosso foco no Hospital de Emergência. A maioria chega marcada como verde ou azul, ou seja, casos de baixa complexidade que podem ser tratados em UBSs e UPAs”, explica.

Falta de orientação pode comprometer a saúde

Segundo levantamento do HE, 73,5 mil atendimentos foram registrados entre 1º de agosto e 22 de setembro. Destes, cerca de 34,7 mil (47,2%) foram classificados como verde ou azul, de acordo com o enfermeiro Hemerson de Cássio.

“Renovação de receitas, dor de garganta, suspeita de infecção urinária, febre, dor de cabeça, vômito ou diarreia são situações que devem ser investigadas na atenção primária. O HE é um pronto-socorro, ele existe para dar resposta rápida aos casos de urgência e emergência”, reforçou.

Hemeson de Cássio, enfermeiro do HE

Casos não urgentes implicam em longa espera

Mesmo diante da superlotação, o HE nunca deixa de atender. O Governo do Amapá reforça a orientação para que a população procure primeiro a UBS ou a UPA mais próxima da residência em casos de menor gravidade. Assim, além de garantir um atendimento mais rápido e resolutivo, o HE mantém a missão de salvar vidas em situações de urgência e emergência.

“Quando um quadro que poderia ser resolvido cedo na atenção básica é protelado, ele pode evoluir para algo mais grave, que exige internação. Além disso, quando a equipe está ocupada atendendo casos de baixa complexidade, o paciente crítico corre o risco de aguardar mais do que deveria. Isso é muito preocupante”, alertou a médica.

Alta demanda de casos não urgente implicam na superlotação e longa espera por atendimento no HE

Kathy Corina Duarte também reforçou a importância dos serviços de atenção básica.

“A assistência é imperativa. Nenhum paciente é mandado de volta. Mas precisamos orientar: a porta de entrada do SUS começa pela UBS. É lá que o cuidado preventivo acontece e onde a maioria dos problemas deve ser resolvida”, completou a profissional.

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ÁREA: Saúde