Governo do Amapá reúne equipe do projeto de preservação e gestão do Museu Fortaleza de São José e alinha procedimentos de pesquisa do acervo
Encontro na segunda-feira, 22, marcou início dos trabalhos de preservação e divulgação da história do monumento histórico com apoio de pesquisadores.
O Governo do Amapá reuniu com pesquisadores e bolsistas, que formarão a equipe responsável pelo Projeto de Preservação dos Bens Culturais e Gestão do Museu Fortaleza de São José de Macapá, para garantir o alinhamento técnico entre as instituições envolvidas, padronizar os procedimentos de execução e prestação de contas, orientar a construção dos cronogramas de atividades e esclarecer dúvidas operacionais dos participantes.
O encontro na segunda-feira, 22, contou com representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que coordenam o edital de chamada pública, além de coordenadores e bolsistas. O projeto contempla diversas áreas do conhecimento, como História, Arqueologia, Arquitetura, Museologia, Ciências Ambientais e Tecnologia da Informação.
As ações previstas incluem o levantamento de acervos históricos, arqueológicos e documentais; a digitalização de documentos e artefatos; e a popularização do conhecimento gerado, tornando-o acessível à sociedade, fortalecendo a memória e valorizando a história do monumento.
“A ideia é reunir não apenas a documentação arqueológica, mas também outros tipos de registros relacionados à Fortaleza de São José. Há inúmeros processos históricos que ocorreram nesse espaço, mas eles estão dispersos em diferentes fontes. Nosso objetivo é consolidar essa documentação e torná-la acessível à população, aos estudantes e ao público. A Fortaleza é um monumento imponente na foz do Rio Amazonas, mas há também a história de outras pessoas como populações indígenas e grupos negros que contribuíram com esse espaço. Buscar, reunir e dar visibilidade a essas histórias é, para mim, uma missão muito gratificante”, reforçou o arqueólogo Lúcio Costa Leite, gerente do Núcleo de Pesquisa.
Preservação com acesso e ciência
O diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Silva, ressaltou a relevância do trabalho que será realizado e o impacto que o acervo terá para o conhecimento histórico do estado: “O edital teve como objetivo reunir e organizar documentos históricos relacionados à Fortaleza de São José de Macapá, com o intuito de compreender o processo histórico vivido pelo Amapá, bem como o papel desempenhado pelo monumento durante o período colonial e ao longo de seus 243 anos. A proposta é garantir que o público tenha acesso facilitado a esse acervo, de forma sistematizada e acessível”, afirmou.
Clícia Vieira Di Miceli, secretária de Estado da Cultura, reforçou que o momento faz parte do trabalho de restauração que vai subsidiar e dar condições para as exposições que irão ocorrer dentro da Fortaleza de São José. Como resultado, o museu terá um material robusto e se tornará uma referência para a pesquisa a partir da consolidação do espaço de memória.
“Essa pesquisa aplicada, sob demanda, vai trazer informações importantes sobre a história, sobre a arqueologia e esses materiais referentes ao processo de construção que fazem parte do acervo da Fortaleza, mas que estão espalhados em várias partes do mundo. Esse mapeamento minucioso, auxiliado pela pesquisa científica, vai devolver ao Amapá a sua história contada por meio desse acervo. O resultado disso é um material robusto que vai subsidiar as exposições e, o melhor, alimentar o Centro de Referência do Museu Fortaleza”, enfatizou Clícia.
Sobre a Chamada Pública
Lançada em março de 2025, a Chamada Pública nº 001/2025 – “Projeto de Preservação dos Bens Culturais e Gestão do Museu Fortaleza de São José de Macapá” – é parte essencial do processo de restauração da Fortaleza e integra o conjunto de ações do Governo do Estado para a conclusão e a entrega do novo museu.
O objetivo é fomentar a produção acadêmica e científica, valorizando um dos mais importantes patrimônios históricos e culturais do Amapá, além de garantir o acesso público ao conhecimento produzido.
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