Estudantes do Paraná e Rio Grande do Sul apresentam projetos inovadores que unem tecnologia e educação na Feceap 2025
Com soluções criativas para a primeira infância e para a gestão escolar, jovens pesquisadores mostram como a ciência pode transformar a educação brasileira.

A ciência e a inovação ganharam destaque na 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap), reunindo jovens talentos de diferentes regiões do Brasil. Entre os projetos apresentados estão o Toy Talk, desenvolvido por estudantes do Colégio SESI, de Cascavel (PR), e a proposta de chamada automatizada por reconhecimento social, criada por Camila Traichel, do Rio Grande do Sul. Ambos têm em comum o objetivo de transformar a experiência educacional com o uso inteligente da tecnologia.
O Toy Talk: Tecnologia e Educação na Primeira e Segunda Infância é um brinquedo eletrônico educacional multilíngue que utiliza tecnologia RFID para reconhecer objetos e transmitir mensagens em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês. Voltado a crianças a partir de três anos, o dispositivo estimula a alfabetização, o aprendizado de formas geométricas e números, além de promover a curiosidade e a criatividade desde cedo.
"A ideia do projeto surgiu da necessidade de professores e pais em incentivar o ensino das crianças. Hoje, a tecnologia está muito presente na vida delas, mas muitas vezes de forma que não agrega valor educacional e até causa vício. Queremos transformar isso em aprendizado, especialmente para as crianças mais curiosas, que querem expandir o conhecimento até para outras línguas", explica Aline Campana de Souza, uma das criadoras do projeto, ao lado de Ana Alice Alves Nunes.

A proposta tem potencial para mudar como as crianças aprendem, principalmente para aquelas que têm dificuldade de concentração em ambientes escolares tradicionais. A tecnologia, usada de forma adequada, desperta o interesse e o engajamento no estudo.
O projeto passou por diferentes fases de desenvolvimento. A versão inicial reconhecia apenas formas geométricas e utilizava materiais simples, como papelão. Com o avanço da pesquisa, as estudantes investiram em uma estrutura mais segura e durável, com corpo em MDF e componentes eletrônicos protegidos, além de uma tela interativa que permite ajustar o nível de dificuldade conforme a evolução da criança.
Para Ana Alice, participar da Feceap é uma experiência inesquecível.
"É algo surreal. Nunca tinha saído de Cascavel, então estar aqui é muito diferente. A viagem foi longa, o clima é outro e a cultura também, mas aprendemos muito e fizemos muitas amizades. Essa troca é uma das melhores partes", concluiu a paranaense.

Do Rio Grande do Sul, Camila Traiche, de 15 anos, trouxe uma solução tecnológica para um problema recorrente nas escolas: a chamada manual. Seu sistema automatizado busca reduzir falhas na marcação de presença e evitar que alunos percam benefícios ou conteúdos importantes por erros humanos.
"A chamada feita manualmente pode causar prejuízos. Às vezes o aluno está presente, mas o professor não escuta ou não registra. Isso afeta até a frequência exigida pelo Bolsa Família. Nosso projeto resolve isso de forma mais prática e acessível e pode evoluir para uma startup no futuro", explica Camila.

A estudante, que já participou de feiras como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), destaca a importância de apresentar seu trabalho no Amapá.
"É uma experiência incrível. Aqui é muito diferente do Sul, desde o clima até a arquitetura e o público tem nos recebido com muito carinho. Essa troca de ideias com estudantes de outras regiões enriquece ainda mais o projeto", concluiu Camila.

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