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Governo do Estado e Embrapa promovem 'Dia de Campo' sobre práticas culturais para convivência com fungo da vassoura-de-bruxa

A proposta foi unir conhecimento científico e prática do agricultor para desenvolver soluções viáveis de convivência com a vassoura-de-bruxa, que afeta plantações de mandioca.

Por Cristiane Mareco
03/10/2025 11h10
"Dia de Campo" sobre Fertirrigação na Cultura da Mandioca no Cerrado do Amapá, no município de Porto Grande

Em continuidade à Semana de Integração, Pesquisa e Extensão Rural, o Governo do Amapá e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizaram o "Dia de Campo" sobre Fertirrigação na Cultura da Mandioca no Cerrado do Amapá, no município de Porto Grande, na Colônia do Matapí.

O evento foi organizado pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), no Retiro São Caetano, reunindo cerca de 100 extensionistas e pesquisadores na quinta-feira, 2. A proposta foi unir conhecimento científico e prática do agricultor para desenvolver soluções viáveis de convivência com a vassoura-de-bruxa, doença que ameaça a produção de mandioca na região.

“Essa é uma doença devastadora, causada por um fungo de origem asiática, que exige de nós um grande esforço de enfrentamento no campo fitossanitário. Faremos o levantamento das principais informações: características da doença, formas de disseminação, práticas de manejo cultural, uso de manivas sadias para multiplicação e o correto manejo dessas manivas, além da utilização de ferramentas adequadas nas propriedades”, destacou o diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz.

A proposta foi unir conhecimento científico e prática do agricultor para desenvolver soluções viáveis de convivência com a vassoura-de-bruxa

Esse conjunto de informações é fundamental para que pesquisa e extensão trabalhem juntas na construção de protocolos eficientes que atendam diretamente o produtor rural. O agricultor Paulo da Silva afirmou que a iniciativa amplia os horizontes para quem vive da mandioca.

Agricultor Paulo Silva

“Eu aprendi muita coisa aqui hoje, principalmente sobre a fertirrigação. Essa tecnologia pode ajudar bastante a gente no campo, porque melhora a produção e também dá mais segurança para enfrentar a vassoura-de-bruxa. O conhecimento que a gente leva daqui vai fazer diferença na nossa roça”, pontou Silva.

Já o pesquisador da Embrapa, Walter Paixão, ressaltou que o encontro complementa, na prática, a parte teórica já discutida com os agricultores.

Pesquisador da Embrapa Walter Paixão

“Tratamos de como o fungo se manifesta, os danos que ele causa e algumas medidas que já podemos recomendar para conviver com essa praga. O foco foi prático: observar diretamente na lavoura como o fungo aparece e afeta a planta. Nesta área, instalamos materiais de alta produtividade que, posteriormente, foram infectados pela doença. Isso nos permite, junto com os técnicos e agricultores, visualizar os sintomas e aprender a diferenciar corretamente de outras pragas, como a mosca-do-ponteiro ou a queima de fio. Nosso objetivo é dar segurança na identificação e na troca de experiências.”

Extensionista Antônio Nunes

Para o extensionista Antônio Nunes, o Dia de Campo fortalece o aprendizado conjunto.

“Além de absorvermos novos conhecimentos técnicos, também aprendemos com o agricultor. Ele não espera apenas pela pesquisa, está sempre testando alternativas, porque a mandioca é sua base de renda e de segurança alimentar. Esse espaço nos permite compartilhar e validar estratégias de convivência que já estão sendo praticadas.”

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