Governo do Amapá prestigia lançamento póstumo do livro 'Astros do Meu Sidéreo' e reforça apoio à cultura e à literatura amapaense
Cerimônia realizada no sábado, 11, emociona o público com memórias, poesia e o legado do professor, poeta e escritor que marcou a cultura amapaense.

O Governo do Amapá participou do lançamento póstumo do livro 'Astros do Meu Sidéreo', do professor, poeta e jornalista Ranilson Chaves, em uma cerimônia marcada por emoção, música e reconhecimento à contribuição do autor para a cultura amapaense. O evento foi realizado no auditório da Faculdade Estácio (Seama), em Macapá, e contou com a presença de familiares, amigos, educadores, escritores e representantes do poder público estadual.
A abertura, no sábado, 11, foi marcada pelos acordes de clarinete e violão com as canções Hino de Nossa Senhora das Neves - Vigia de Nazaré e Nossa Canoa, ambas compostas por Ranilson Chaves. O momento, de grande simbolismo, deu o tom da noite que celebrou a memória do escritor e a força transformadora da literatura.
Nascido em Vigia de Nazaré (PA) e residente em Macapá desde 1993, Ranilson dedicou 24 anos ao magistério, lecionando Língua Portuguesa em escolas da rede pública estadual como Coelho Neto, Mário Quirino e Irineu da Gama Paz. Sua trajetória como educador e artista deixou marcas profundas na formação de gerações de estudantes e na cena cultural do Amapá.
“O Governo do Amapá segue comprometido em apoiar ações que preservam e difundem a memória de autores que ajudaram a construir nossa cultura. Ranilson Chaves foi um educador e poeta que inspirou alunos e leitores, e seu legado permanece vivo em nossa rede de ensino e nas políticas culturais do Estado”, frisou Danielle Dias, secretária adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação (Seed).

A esposa do autor, Leny Chaves, emocionou o público ao relembrar o processo de finalização da obra, que foi planejada por Ranilson antes de sua morte.
“Hoje ele completa seis anos e cinco meses de falecido. Esse lançamento é o nosso reencontro, o fechamento de um ciclo que ele começou com tanto amor”, disse Leny, com a voz embargada.

Segundo ela, o projeto começou em cadernos antigos, rabiscados durante madrugadas silenciosas. “Ele vivia para escrever”, completou.
A coletânea reúne relatos de vida e poemas que refletem o cotidiano, a educação e o amor pela existência, temas centrais na trajetória do autor.
Amigos, familiares e admiradores se emocionaram com as leituras de trechos da obra e com depoimentos sobre o convívio com Ranilson. Um dos momentos mais marcantes foi a leitura de um poema dedicado à sobrinha Lilian Siqueira, que acompanhou de perto o processo de escrita.
“Mesmo enfrentando tantos problemas de saúde, ele nunca reclamava. Pelo contrário, fazia a gente rir. Ele amava viver e lutar pra viver”, contou Lilian, com os olhos marejados.

Ela também revelou que uma praça em Vigia de Nazaré, cidade natal de Ranilson, passará a levar o nome do tio. “É um gesto simbólico que eterniza o poeta em sua cidade natal.”
O poeta, escritor e professor Paulo Tarso, amigo e contemporâneo de Ranilson, destacou que o novo livro representa mais um “voo poético” do autor. “Ranilson dizia que cada livro era um voo. Esse é o quinto voo dele, um voo póstumo, mas pleno de sentido. Ele deixou muita coisa escrita, e sua sensibilidade continua nos guiando”, compartilhou.

A presença de representantes do Governo do Amapá reforçou o compromisso do Estado com o incentivo à leitura e à valorização de autores locais. Por meio das secretarias de Cultura e de Educação, o Executivo tem apoiado ações que reconhecem a importância da literatura como instrumento de formação, cidadania e preservação da memória coletiva.
Astros que não se apagam
Em vida, Ranilson Chaves publicou as obras A Felicidade ao Ver dos Versos (1998), O Mundo Desaba e Eu Escrevo (1999), Amar & Amor (2000), U.T.I - Um Trevo Interior (2008) e agora, postumamente, Astros do Meu Sidéreo (2025). Cada uma delas reflete seu olhar sensível e a paixão pela palavra, compondo um universo poético que continua a inspirar leitores, alunos e amigos.
Com apenas 51 anos, Ranilson partiu cedo, mas deixou um “céu inteiro de palavras” que seguem iluminando os caminhos da cultura amapaense.
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