Governo do Amapá recebe antídoto para intoxicação por metanol e reforça vigilância preventiva
Não há casos registrados no estado, mas a Secretaria de Saúde se mantém em alerta e adota medidas de preparação diante do cenário nacional.

O Governo do Amapá recebeu do Ministério da Saúde o antídoto utilizado no tratamento de intoxicações causadas pela ingestão de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. A medida é preventiva e faz parte do plano de vigilância da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que segue acompanhando o aumento de notificações em outros estados do país.
Embora o Amapá não registre nenhum caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol, a atual gestão se antecipou e solicitou o envio do medicamento como forma de garantir resposta rápida a possíveis ocorrências.
A secretária de Saúde, Nair Mota, explicou que a ação faz parte da estratégia estadual de prontidão diante de situações de risco sanitário.
“Mesmo sem registros locais, é essencial que estejamos preparados. Já recebemos o medicamento e reforçamos todos os protocolos orientados pelo Ministério da Saúde. Caso ocorra alguma suspeita, a rede estadual estará pronta para o atendimento imediato”, destacou Nair.

Vigilância reforçada
O envenenamento por metanol, substância frequentemente presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas, pode causar danos graves ao organismo, afetando órgãos vitais e, em casos severos, levar à morte.
A Sesa mantém equipes de vigilância e assistência hospitalar orientadas para identificar sintomas suspeitos e acionar os protocolos necessários. Os sinais de alerta incluem dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, visão embaçada e dificuldade para respirar.
A principal medida é a prevenção. A população deve evitar o consumo de bebidas de procedência duvidosa. Mas, caso alguém apresente sintomas após ingestão de bebida alcoólica, deve procurar imediatamente um serviço de saúde.
Conforme o último boletim do Ministério da Saúde, atualizado na sexta-feira, 10, o Brasil soma 246 notificações de intoxicação por metanol, sendo 29 casos confirmados e 217 em investigação.
Os estados com registros confirmados são: São Paulo (25 casos), Paraná (3) e Rio Grande do Sul (1). Há ainda 17 óbitos, cinco deles já confirmados.

O medicamento
O antídoto fornecido ao Amapá é o fomepizol, medicamento considerado o “padrão-ouro” no tratamento da intoxicação por metanol. Ele atua impedindo que a substância se transforme em compostos tóxicos no organismo, reduzindo o risco de complicações graves.
Por não ter registro no Brasil, o fomepizol foi importado de forma emergencial após articulação entre o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O Amapá está entre os estados que se anteciparam e já contam com o medicamento à disposição, garantindo que o sistema público de saúde esteja preparado para qualquer eventualidade”, ressaltou Nair Mota.
O Governo do Amapá reforça que segue vigilante e atuando de forma preventiva para proteger a população, em alinhamento com o Ministério da Saúde e os protocolos nacionais de vigilância sanitária.
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