Congresso Amapaense de Iniciação Científica reúne jovens pesquisadores no campus da Ueap, em Macapá
Evento integra instituições públicas de pesquisa do estado e destaca o potencial científico de estudantes amapaenses comprometidos com soluções para os desafios regionais.

As programações do Congresso Amapaense de Iniciação Científica (Conaic) estão sendo realizadas no Campus I da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em Macapá O evento foi aberto na quarta-feira, 15, e visa divulgar os trabalhos acadêmicos de estudantes participantes dos programas de Iniciação Científica e Tecnológica de cinco instituições públicas de pesquisa do Estado: Iepa, Unifap, Ifap, Embrapa e a própria Ueap.
Para o professor Dr. Oleno Marques, pesquisador do Iepa e coordenador-geral do evento, o Conaic é um instrumento muito interessante para desenvolver jovens pesquisadores do estado.
“Nossa missão aqui é plantar sementes de novos pesquisadores e professores para as universidades e a produção de pesquisa aqui no Amapá. Por isso também convidamos os interessados em pesquisa que venham para o Conaic, se inscrevam nas iniciações científicas das instituições para que ano que vem possam apresentar seus trabalhos”, disse o professor.
É o caso do estudante do curso de Engenharia Florestal da Ueap, Josué Martins. Ele realizou um trabalho que utiliza redes neurais e satélite para detectar remotamente açaizais nas florestas de várzea amazônicas. A metodologia permite utilizar os algoritmos de máquina, utilizando imagens de satélite, e detectar esses conjuntos de espécies estão expandindo ou regredindo, entre outras observações.
Para Josué, que pretende seguir com essa pesquisa em um futuro mestrado, a pesquisa pode ter grande aplicabilidade para o estado.
“Esse trabalho pode beneficiar a ciência e os profissionais que podem utilizar essa metodologia para avançar em processos logísticos e também atuar no benefício da Amazônia, como, por exemplo, institutos de pesquisas que fazem trabalho de auditoria, tornando esses serviços mais direcionados, com um sensoriamento remoto sem precisar estar em campo”, explicou o estudante.

Os trabalhos dos alunos foram divididos em oito áreas do conhecimento e estão sendo avaliados por uma banca formado por três professores – sendo um docente bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), vindo de fora do estado.
Um destes professores é o Dr. Luiz Dias, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que teve uma percepção positiva dos trabalhos avaliados.
“Para minha surpresa, o nível das pesquisas apresentadas foi alto, focadas nos problemas e nas dificuldades regionais, o que mostra o grau de comprometimento da ciência praticada localmente e, ao mesmo tempo, reforça o aspecto de que só se faz ciência em benefício da população e da humanidade”, relatou o professor.

Serão observados critérios como clareza e qualidade da apresentação; linguagem corporal e oral; relevância e domínio do conteúdo e os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. Os primeiros colocados de cada área do conhecimento vão ser premiados em uma cerimônia na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no dia 22 de outubro.
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