'Precisamos de musculatura empreendedora e temos que nos inspirar nos bons exemplos', evidencia governador Clécio Luís em entrevista ao Canal Livre
Gestor destacou a exploração de petróleo na Margem Equatorial e a participação do Amapá na COP30 em Belém.

Convidado a falar sobre o protagonismo do Amapá, o governador Clécio Luís integrou a edição de domingo, 19, do programa Canal Livre, transmitido pelo grupo Bandeirantes para todo o país. A entrevista, conduzida por Rodolfo Schneider, com a participação dos jornalistas Fernando Mitre, Thays Freitas e Thaís Dias, tratou principalmente da evolução econômica do estado com a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
"Nós precisamos de musculatura empreendedora, econômica, de negócios. E nós podemos fazer isso, seja no petróleo, seja na agricultura familiar, seja no agronegócio. Temos que nos inspirar nos bons exemplos para fazer o melhor para a Amazônia", afirmou o governador.
Antes de se tornar estado em 1988, o Amapá era um território federal fortemente dependente da União, que concentrava a gestão da economia e o atendimento às necessidades básicas da população. Esse modelo limitava o desenvolvimento local e a cultura empreendedora. Hoje, o Governo do Amapá atua no sentido oposto: incentiva a criação de negócios éticos, a valorização das cadeias produtivas e o fortalecimento de uma economia diversificada e sustentável. Neste cenário, o petróleo se apresenta como um motor para o desenvolvimento regional.
"O petróleo vai ser capaz de financiar outras atividades econômicas no Amapá. [...] Nós estamos preparando um plano de governança para usarmos bem esses recursos como financiamento do que o orçamento estadual ou federal não é capaz de fazer. [...] O 'Plano A' nós já estamos desenvolvendo, o Petróleo é o 'Plano B'. O Plano A é transformar os ativos ambientais em todo tipo de produtos, preservando a floresta, mas tornando-a produtiva e rentável", citou Clécio Luís.

São iniciativas como o maior programa de bioeconomia do Brasil, o Selo Amapá, que indicam esse caminho. A certificação reúne atualmente mais de 1,3 mil produtos a partir de matérias-primas da floresta, que hoje categorizam o 3º setor que mais gera empregos formais no estado. Na Conferência do Clima da ONU em Belém, a COP30, em novembro, o Amapá vai reforçar que não existe um único modelo de desenvolvimento para a Amazônia, mas múltiplos caminhos possíveis — todos voltados à geração de emprego e renda e ao fortalecimento de setores estratégicos como logística, floresta, mineração e pesca.
"Estou otimista com a COP, mas ela só vai funcionar se nós falarmos a verdade. O Amapá tem os melhores indicadores ambientais, mas com indicadores sociais e econômicos que não são compatíveis, portanto, tornam o nosso discurso de sustentabilidade uma farsa. Esse discurso vai ser verdadeiro quando esses ativos ambientais puxarem a economia, através de negócios éticos que sejam compatíveis com a Amazônia. [...] Essa é a equação que nós temos que resolver: manter a floresta viva e em pé para sempre, mas com o povo com dignidade", ressaltou o chefe do Executivo.

O Governo do Amapá vai apresentar na COP30 uma série de projetos de sucesso, desde as manualidades das louceiras do Maruanum à exportação da madeira certificada e rastreada. A proposta é demonstrar que, com ciência, inovação e informação, é possível promover o desenvolvimento econômico sem abrir mão da preservação ambiental.
"No Amapá é o meio ambiente que está dirigindo o desenvolvimento econômico, porque se nós mapeamos tudo no Zoneamento Econômico-Ecológico, eu dou segurança para essa atividade convergir a conservação ambiental com o desenvolvimento, e uma protege a outra. Produzir na Amazônia tem valor agregado e significa impedir de forma inteligente que a gente não ocupe aquilo que é protegido", completou Clécio Luís.
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