Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A

Operação Servus prende quadrilha acusada de extorquir mulheres

Um dos membros da quadrilha chegou a extorquir mais de 300 mulheres em Macapá

Por Da Redação
25/02/2017 15h48

O alvo preferido do bando eram mulheres bem relacionadas na sociedade amapaense

Policiais civis prenderam em flagrante na manhã de sexta-feira (24) membros de uma quadrilha que vinha praticando golpes pela internet. A prisão aconteceu após um ano de investigação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), em parceria com a Divisão de Capturas, foi a responsável pelas prisões em Macapá. A operação foi batizada de “Servus”, pois as vitimas viviam em regime de servidão aos criminosos.

O alvo preferido do bando eram mulheres bem relacionadas na sociedade amapaense e em outros estados e com poder aquisitivo considerável. De acordo com a polícia, um dos membros da quadrilha identificado como José Augusto Miranda dos Santos, que está preso no Instituto de Administração Penitenciário do Amapá (Iapen), chegou a extorquir mais de 300 mulheres em Macapá. Ele usava perfis falsos na rede social Facebook para atrair as vítimas. Segundo as investigações, era José Augusto quem comandava a quadrilha. Ele é condenado a 76 anos de prisão por crimes de estupro, homicídio e tráfico de drogas. O líder da quadrilha já está há quase 20 anos recolhido no Iapen.

Para o delegado Leonardo Brito, que comandou as investigações, o esquema comandado de dentro da cadeia contava com a ajuda de “soldados do crimes” do lado de fora da penitenciária. Emanuel Tobias de Lima do Nascimento, de 25 anos, e a mãe dele, Juracy da Silva de Lima, seriam os responsáveis pelo recebimento dos valores dos golpes aplicados. Nas investigações foi constatado que Emanuel era responsável pela coleta do dinheiro das vitimas que eram extorquidas. Já a mãe dele, atuava como uma espécie de “contadora” da quadrilha. Um outro elemento envolvido nos crimes ainda não foi localizado.

Na residência onde filho e mãe foram presos, no bairro Infraero II, zona norte da cidade, os policiais encontraram e apreenderam um colete balístico, além de munições. Na casa também havia um homem que foi levado para ser interrogado. “Acabamos descobrindo que ele trabalha naquela empresa de vigilância que foi alvo de bandidos essa semana, cuja ação resultou na morte de três suspeitos, alvejados pelo Bope durante confronto armado. Vamos investigar se esse homem detido hoje tinha alguma relação com aqueles criminosos mortos”, pontuou o delegado.

Entenda o esquema
Um levantamento feito pela Polícia Civil aponta que o presidiário José Augusto usava um perfil falso na rede social Facebook e se passava por um médico que, de forma suposta, morava em Brasília (DF), chamava-se “André Dias” e mantinha um alto padrão de vida. Ele mantinha conversas pelo bate-papo com as vitimas, construindo relação de confiança ao ponto de pedir fotos e vídeos íntimos.

“O chefe da quadrilha fantasiava histórias e era muito bem articulado, tinha uma boa lábia e acaba convencendo mulheres a enviarem vídeos e fotos íntimas. Após conseguir isso, ele mantinha contato com essas pessoas, dizendo quem realmente era, e iniciando o processo de chantagem e extorsão. Para não divulgar o material ele exigia pagamentos que chegaram a até R$ 30 mil”, disse o delegado.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!