Amapá sedia encontro internacional sobre vigilância de doenças zoonóticas emergentes com potencial epidêmico
Oficina Técnica da Rede Amazônica reúne nove países e destaca a cooperação entre governos e organismos internacionais para fortalecer a resposta a emergências de saúde pública.

O Amapá se tornou o centro das discussões sobre vigilância e enfrentamento de doenças com potencial epidêmico na região amazônica. A partir desta quarta-feira, 22, representantes de nove países participam da Oficina Técnica Internacional da Rede Amazônica-Darién (Rade 2025), promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), em parceria com o Ministério da Saúde e o Governo do Amapá.
O encontro segue até a sexta-feira, 24, e tem como foco fortalecer a cooperação entre os países amazônicos, aprimorar a detecção precoce de zoonoses emergentes, doenças que se originam da interação entre animais, humanos e meio ambiente, e reforçar a capacidade de resposta diante de emergências sanitárias.

A secretária de Saúde do Amapá, Nair Mota, ressaltou o significado do evento para o fortalecimento das políticas de vigilância na região.

“A presença de delegações internacionais em Macapá reforça o papel do Amapá como referência estratégica na Amazônia. Nosso compromisso é garantir que o estado continue avançando com tecnologia, pesquisa e integração regional, porque os desafios da saúde pública não conhecem fronteiras”, destacou.
O evento é coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). A frente da pasta, Claudia Pimentel, disse que o encontro vai fortalecer a prevenção de doenças zoonoticas e emergentes com potencial epidêmico.
”A gente pode usar como exemplo os planos estratégicos já usados em outras emergências, como Covid-19”, destacou a superintendente.

O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Edenilo Baltazar Barreira Filho, pontuou que a Rade representa um espaço de aprendizado conjunto e de integração continental.

“A Rede Amazônica-Darién une capacidades técnicas e políticas para proteger a saúde das populações amazônicas. Estamos fortalecendo a vigilância laboratorial, o compartilhamento de informações e a resposta coordenada a surtos, aplicando as lições aprendidas com a pandemia de COVID-19”, afirmou.
Representando a Organização Pan-Americana da Saúde e o governo australiano, Alex Posewell destacou o apoio internacional às ações de vigilância integrada.
“A Austrália tem orgulho de apoiar iniciativas como a Rade, que unem ciência, solidariedade e inovação. Este é um exemplo de como a cooperação global pode gerar impactos reais na saúde das populações e na preservação ambiental da Amazônia”, declarou.

O evento também contou com a presença do deputado federal Malafaia (AP), que ressaltou a importância da união entre os poderes públicos para garantir investimentos contínuos na vigilância em saúde.

“O Amapá tem avançado com uma visão moderna de vigilância e integração regional. Nosso papel no Congresso é assegurar que os recursos federais cheguem onde são mais necessários, fortalecendo a infraestrutura e as equipes que atuam na linha de frente da saúde pública”, afirmou o parlamentar.
A programação inclui mesas de debate, apresentações técnicas e visitas a laboratórios e unidades de vigilância, consolidando o papel do Amapá como polo de inovação e cooperação em saúde pública na Amazônia.
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