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RECURSOS HÍDRICOS

COP30: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Amapá é destaque em painel temático do Governo do Estado

Foram apresentadas ferramentas globais, como o Water Resilience Tracker (WRT) e a City Water Resilience Approach (CWRA), à realidade amazônica, incorporando indicadores de resiliência hídrica e territorial.

Por Alexandra Flexa
13/11/2025 10h39
Amapá é destaque no Painel: Cidades das Águas, Gestão Integrada da Água e do Território

Banhado pelo Rio Amazonas e em uma região por onde passam mais de 20% da água doce, o Amapá foi destaque nesta quarta-feira, 12, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), ao apresentar seu modelo de gestão integrada da água e do território durante o painel “Building Urban Water Resilience: From Cities to National Climate Commitments”, realizado no Pavilhão Água para o Clima (Water for Climate Pavilion. O evento reuniu representantes de diversos países para discutir estratégias de resiliência hídrica urbana alinhadas aos compromissos climáticos nacionais.

O Amapá foi representando pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) na pessoa da secretária adjunta técnica da Sema, Cleane Pinheiro, que apresentou o programa “Cidades das Águas: Gestão Integrada da Água e do Território”, que orienta o planejamento urbano e ambiental com foco na resiliência, participação social e uso sustentável dos recursos naturais. Entre os avanços, destacou-se o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH/AP) e a criação do primeiro Comitê de Bacia Hidrográfica do Amapá, marco participativo na governança das águas.

Cleane Pinheiro, secretária adjunta técnica da Sema durante apresentação na COP30

“O Amapá tem uma das maiores coberturas florestais preservadas do Brasil, mas nosso desafio é transformar essa vantagem ambiental em segurança hídrica e qualidade de vida. A gestão integrada da água e do território é a base para que nossas cidades se tornem mais resilientes, justas e preparadas para as mudanças climáticas," explicou Cleane

Durante o painel, o estado apresentou como vem adaptando ferramentas globais, como o Water Resilience Tracker (WRT) e a City Water Resilience Approach (CWRA), à realidade amazônica, incorporando indicadores de resiliência hídrica e territorial no planejamento urbano.

 “Estamos aprendendo com o mundo, mas também contribuindo com ele. No Amapá, aplicamos o conceito de resiliência a partir da nossa realidade, valorizando o papel das comunidades ribeirinhas, dos povos indígenas e dos gestores municipais na construção de soluções de base territorial”, reforçou a secretária.

Moderado pelo Stockholm International Water Institute (SIWI), o painel contou com especialistas da ARUP da Alliance for Global Water Adaptation (AGWA), e de governos africanos e latino-americanos, destacando a importância da governança multinível e da cooperação entre cidades e comunidades.

O evento reuniu representantes de diversos países para discutir estratégias de resiliência hídrica

A experiência do Amapá foi reconhecida como exemplo de liderança subnacional na Amazônia, ao integrar ciência, políticas públicas e saberes tradicionais em favor da adaptação e mitigação climática.

"O Amapá é um laboratório vivo da Amazônia. Nossa experiência mostra que as soluções locais são fundamentais para alcançar os compromissos globais. Falar do Amapá na COP30 é mostrar que desenvolvimento e conservação podem andar juntos", destacou secretária adjunta da Sema.

A COP da Amazônia

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou em 10 de novembro e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém (PA). Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.

Com cerca de 73,5% do seu território sob proteção ambiental — incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas —, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.

A iniciativa é resultado do esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional), e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.

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