COP30: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Amapá é destaque em painel temático do Governo do Estado
Foram apresentadas ferramentas globais, como o Water Resilience Tracker (WRT) e a City Water Resilience Approach (CWRA), à realidade amazônica, incorporando indicadores de resiliência hídrica e territorial.
Banhado pelo Rio Amazonas e em uma região por onde passam mais de 20% da água doce, o Amapá foi destaque nesta quarta-feira, 12, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), ao apresentar seu modelo de gestão integrada da água e do território durante o painel “Building Urban Water Resilience: From Cities to National Climate Commitments”, realizado no Pavilhão Água para o Clima (Water for Climate Pavilion. O evento reuniu representantes de diversos países para discutir estratégias de resiliência hídrica urbana alinhadas aos compromissos climáticos nacionais.
O Amapá foi representando pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) na pessoa da secretária adjunta técnica da Sema, Cleane Pinheiro, que apresentou o programa “Cidades das Águas: Gestão Integrada da Água e do Território”, que orienta o planejamento urbano e ambiental com foco na resiliência, participação social e uso sustentável dos recursos naturais. Entre os avanços, destacou-se o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH/AP) e a criação do primeiro Comitê de Bacia Hidrográfica do Amapá, marco participativo na governança das águas.
“O Amapá tem uma das maiores coberturas florestais preservadas do Brasil, mas nosso desafio é transformar essa vantagem ambiental em segurança hídrica e qualidade de vida. A gestão integrada da água e do território é a base para que nossas cidades se tornem mais resilientes, justas e preparadas para as mudanças climáticas," explicou Cleane
Durante o painel, o estado apresentou como vem adaptando ferramentas globais, como o Water Resilience Tracker (WRT) e a City Water Resilience Approach (CWRA), à realidade amazônica, incorporando indicadores de resiliência hídrica e territorial no planejamento urbano.
“Estamos aprendendo com o mundo, mas também contribuindo com ele. No Amapá, aplicamos o conceito de resiliência a partir da nossa realidade, valorizando o papel das comunidades ribeirinhas, dos povos indígenas e dos gestores municipais na construção de soluções de base territorial”, reforçou a secretária.
Moderado pelo Stockholm International Water Institute (SIWI), o painel contou com especialistas da ARUP da Alliance for Global Water Adaptation (AGWA), e de governos africanos e latino-americanos, destacando a importância da governança multinível e da cooperação entre cidades e comunidades.
A experiência do Amapá foi reconhecida como exemplo de liderança subnacional na Amazônia, ao integrar ciência, políticas públicas e saberes tradicionais em favor da adaptação e mitigação climática.
"O Amapá é um laboratório vivo da Amazônia. Nossa experiência mostra que as soluções locais são fundamentais para alcançar os compromissos globais. Falar do Amapá na COP30 é mostrar que desenvolvimento e conservação podem andar juntos", destacou secretária adjunta da Sema.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou em 10 de novembro e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém (PA). Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% do seu território sob proteção ambiental — incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas —, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado do esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional), e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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