Dia da Educação do Amapá na COP30 tem apresentação de projetos das escolas estaduais e lançamento de livro infantil
A programação no maior evento sobre clima do mundo reforça o protagonismo estudantil e destaca iniciativas que unem aprendizagem, cultura amazônica e educação ambiental.
A educação aparece como fundamento para formar uma geração preparada para os desafios ambientais, e o estande do Amapá na COP30 dedicou a quinta-feira, 13, à apresentação de projetos escolares que dialogam diretamente com a vida dos estudantes e com as realidades das comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e dos bairros urbanos.
O momento, mediado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), ganhou ainda mais destaque com o lançamento do livro infantil “Terrinha Verde de Mazagão e as Moedas da Cabanagem”, dos professores Alda Sirleni e José Ricardo Smith. Exemplares foram distribuídos aos visitantes, que puderam levar para casa uma história que valoriza a cultura amazônica.
“Isso faz parte de uma política construída e desenvolvida dentro do programa de governo do governador Clécio Luís, que prioriza o protagonismo dos nossos estudantes e docentes. O que vocês viram aqui mostra exatamente o propósito de colocar o aluno como agente transformador da própria realidade”, destacou a secretária adjunta de Educação, Sandra Casimiro.
Os projetos apresentados na COP30 integram a 4ª Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que reuniu 126 escolas e mobilizou mais de 30 mil estudantes em todo o Amapá. Entre os participantes está o professor Benedito de Queiroz Alcântara, da Escola Antônio Castro Monteiro, em Macapá, responsável pelo projeto “Guardiões Socioambientais da ACM - Cuidando da Casa Comum”.
Segundo o professor, a iniciativa de educação ambiental incentiva jovens, muitos deles ribeirinhos que passaram a viver na cidade, a percorrer itinerários pedagógicos e sensoriais, explorando cheiros, cores e sabores de plantas medicinais e ornamentais, ampliando a relação com o território.
“Esse trabalho de educação ambiental mostra a esses jovens que cuidar do ambiente é cuidar da nossa própria existência. Estamos na COP30 para que o mundo conheça este projeto e para afirmar que, na Amazônia, em um bairro periférico de uma capital amazônica, estamos cuidando do planeta Terra”, afirmou Benedito.
“Terrinha Verde de Mazagão”
O livro foi produzido por meio do edital Professor Escritor, da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que concede auxílio financeiro destinado exclusivamente à confecção de livros técnico-científicos ou educativos, estimulando a produção intelectual de profissionais da rede estadual.
A obra conta a história de quatro crianças que vivem uma aventura marcada pela língua portuguesa e pela matemática, em uma narrativa que une aprendizagem, imaginação e referências culturais do território. Segundo a professora Alda Sirleni, uma das autoras, a proposta nasceu do desejo de integrar as duas áreas do conhecimento de forma leve e significativa.
“Nós escrevemos esse livro com a intenção de trabalhar língua portuguesa e matemática de maneira conjunta, e tivemos o privilégio de lançar a obra aqui na COP30. Para mim, enquanto adulta e não criança, a emoção é imensa. É a oportunidade de apresentar ao Brasil e ao mundo, já que circulam milhões de pessoas por aqui, as histórias da nossa terra, de Mazagão”, destacou Alda.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) inicia nesta segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!