Como será o Amapá em 25 anos? Projeto apresentado na COP30 coloca estado como modelo social, ambiental e de governança até 2050
Estudo foi desenvolvido pelo conselheiro de cultura amapaense e membro da Harvard Business School, Antonio Duarte.
Ir ao futuro e projetar como será o lugar onde você mora daqui a 25 anos. É essa a proposta do estudo apresentado na quinta-feira, 13, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), pelo conselheiro de cultura amapaense, publicitário, cineasta e membro da Harvard Business School, Antonio Duarte. A iniciativa apresenta o Amapá como “um protótipo da Terra”, reconhecido pela ONU como o primeiro território modelo em práticas ambientais, sociais e de governança até 2050.
Durante a apresentação, Antonio explicou que considera o projeto ousado, mas possível, desde que receba os investimentos certos. Ele criou a proposta a partir de uma necessidade real do mundo: ter um lugar onde seja possível observar, na prática, como as pessoas podem viver, produzir e consumir de forma sustentável, utilizando os recursos da floresta sem destruí-la.
“Esse projeto colocaria o Amapá em destaque mundial, e já há interesse de outros países em vê-lo como um protótipo da Terra. Somos um estado com menos de um milhão de habitantes e temos condições reais de nos tornar uma referência em desenvolvimento sustentável, sem poluição e com preservação ambiental. Nosso objetivo estratégico é que, até 2050, o Amapá seja o estado menos poluidor do planeta, abastecido 100% por energia limpa”, contou Duarte.
A apresentação integrou a programação do estande do Amapá na COP30, que tem destacado iniciativas voltadas para inovação, sustentabilidade e planejamento de futuro. O projeto despertou interesse do público presente, especialmente por propor um exercício de imaginação aliado a metas concretas de desenvolvimento sustentável.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% do território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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