Na COP30, óculos de realidade virtual no estande do Amapá proporcionam uma imersão na Floresta dos Tapajós e na cultura do povo Munduruku Taquara
A experiência em 360 graus desenvolvida pela startup amapaense Lume VR apresenta rituais, cotidiano e alertas ambientais da Amazônia aos visitantes da Zona Verde.
Com um mergulho em 360 graus pela Floresta dos Tapajós — uma das áreas mais preservadas e biodiversas da Amazônia — e por elementos da cultura do povo indígena Munduruku Taquara, os óculos de realidade virtual instalados no estande do Amapá na COP30 estão encantando visitantes na Zona Verde.
Desenvolvida pela startup amapaense Lume VR, a experiência convida o público a conhecer de perto a rotina, os rituais tradicionais e a relação profunda dos Munduruku com o território, reforçando a importância da floresta viva para a identidade e o futuro das comunidades amazônidas.
Entre os visitantes, a estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA), Júlia Pimentel, afirmou que a vivência a fez sentir como se estivesse dentro de uma comunidade indígena. Para ela, a sensação foi a de realmente estar na floresta, classificando a experiência como “incrível”.
“É como se eu estivesse lá. Foi muito interessante ver a cultura, a culinária ao ar livre, as pessoas reunidas. Gostei de ver as comunidades interagindo entre si. É realmente como estar dentro da floresta”, descreveu Júlia.
O CEO da Lume VR, Bernar Uiliana, destacou a importância de apresentar a tecnologia durante o maior evento sobre clima do mundo:
“Estamos aqui na COP30 mostrando uma imersão em realidade virtual para que o público conheça um pouco mais da capacidade que nós, amapaenses, temos como um estado com desenvolvimento altamente sustentável dentro da Amazônia”.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou nesta segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reúne lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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