Apresentação dos Povos de Terreiro marca primeiro dia do 30º Encontro dos Tambores em Macapá
Ponto alto será a Missa dos Quilombos, na quinta-feira, 20 de novembro; programação segue até o dia 26.
A Gira de Exu, apresentação dos Povos de Terreiro, marcou a primeira noite do 30º Encontro dos Tambores, no sábado, 15. Os rituais das religiões de matriz africana são momentos de exaltação que movimentaram o Espaço Afro-Religioso do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no Bairro do Laguinho, em Macapá, com rituais e oferendas para saudar e homenagear Exu.
“Pela primeira vez, tocamos uma gira para Exu aqui. Exu abre os caminhos do amor, da união, da prosperidade e da felicidade, trazendo coisas boas para nós”, destaca o sacerdote de matriz africana Pai Salvino Santos.
O Encontro dos Tambores é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) e pelo Instituto Língua Solta, com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir – Fundação Marabaixo) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O evento tem a proposta de integrar as comunidades tradicionais por meio da cultura afro-amapaense, com apresentações de grupos de marabaixo, batuque, zimba, sairé, capoeira, hip-hop, reggae, samba, povos de terreiro, além de atrações regionais e shows nacionais.
“O Governo do Amapá se faz presente nesta abertura ritualística, realizada pelas comunidades tradicionais de matriz africana, porque na cultura africanista quem abre os caminhos, é Exu. E hoje nós estamos aqui, mais uma vez, fomentando e valorizando a identidade histórica e cultural do nosso povo”, destaca a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.
Este ano, o Encontro dos Tambores traz o tema ‘O Tambor que nos Une’, que remete à reflexão acerca da importância do tambor e da união entre os povos tradicionais do Amapá, bem como sobre o combate ao racismo, à discriminação social e à intolerância religiosa.
“Iniciamos com a grande Gira de Exu, mostrando que o tambor nos une ao respeito às diversidades culturais e religiosas que temos em nosso meio, com nossos pretos, por nossos afrodescendentes”, ressalta Elísia Congó, coordenadora-geral da UNA.
Ponto alto: Missa dos Quilombos
O troar dos tambores de terreiro deu início à extensa programação, que tem como ponto alto a Missa dos Quilombos, na noite de 20 de novembro (quinta-feira), Dia Nacional da Consciência Negra, data que celebra a memória de Zumbi dos Palmares, símbolo nacional de resistência e combate à escravidão no Brasil. Conforme a tradição, a cerimônia diferenciada no Anfiteatro do Centro de Cultura Negra evidencia a mistura de ritos religiosos e culturais que relembram a África antiga.
Na terça-feira, 18, acontece o Espetáculo de Abertura, a partir das 19h30. Ao ritmo do tambor, culturas como marabaixo, batuque, matriz africana (povos originários ancestrais), capoeira e hip-hop farão um grande cortejo que marca oficialmente a chegada de mais um Encontro dos Tambores.
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