'Podemos aprender com muitos projetos de manejo florestal do Amapá', diz extrativista do Mato Grosso durante painel na COP30
Miguelina Sampaio é natural da comunidade dos Batatais, na Chapada dos Guimarães (MT), e conheceu mais do Amapá na Zona Verde em Belém (PA).
O Amapá realiza um verdadeiro intercâmbio de conhecimento na Zona Verde durante a COP30, que ocorre no Parque da Cidade até o dia 21 de novembro em Belém (PA). Com uma programação diária de painéis que apresentam o estado, o estande montado pelo Governo do Estado tem divulgado as iniciativas locais e proporcionado a troca de informações, projetos sustentáveis e desenvolvimento econômico.
A extrativista Miguelina Sampaio, da comunidade tradicional dos Batatais, da Chapada dos Guimarães (MT) está presente na Zona Verde e quis conhecer o Amapá. Ela prestigiou no estande na manhã desta segunda-feira, 17, o painel do Centro de Pesquisa e Treinamento em Manejo Florestal composto pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado (Iepa), Ifap, Embrapa, e Unifap.
“Eu não conhecia o Amapá, as peculiaridades da região, e fiquei encantada com a apresentação sobre as árvores gigantes e o monitoramento feito pela pesquisa com elas. Acredito que podemos aprender com muitos projetos de manejo florestal e fazer algo parecido na minha comunidade”, destacou a extrativista.
Durante a visita, Miguelina também teve acesso aos instrumentos estratégicos do Governo do Amapá, como o Atlas Solar, que mostra o potencial de energia limpa; o Plano Estadual de Recursos Hídricos, voltado à gestão da água; o Plano de Apoio à Sociobioeconomia, que incentiva cadeias produtivas sustentáveis; e o Código de Governança Socioambiental, que orienta políticas de transparência e sustentabilidade no estado.
“Eu levo muito conhecimento do Amapá para minha comunidade, em especial o exemplo positivo do Amapá como um estado preservado e com carbono negativo. Hoje, fico com a reflexão da nossa contribuição para um planeta que já sofre as mudanças climáticas”, pontuou a extrativista.
A jovem indígena canadense, Braind Leigh, de 18 anos, também passou pelo espaço do Amapá na COP30 e ficou encantada com a preservação do estado e com as belezas naturais. Mas o que lhe chamou atenção foi o modo de vida e as características físicas dos indígenas do norte do Brasil.
“Os indígenas do Amapá são diferentes, se vestem diferentes dos povos do Canadá e comem animais típicos da floresta amazônica. Fiquei encantada com a cor de pele e com o fato de deixarem o corpo mais a mostra”, disse a canadense.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) inicia nesta segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% do território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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