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CULTURA AMAPAENSE

'Rufar dos Tambores' marca mais uma noite de apresentações no 30° Encontro dos Tambores, em Macapá

A apresentação destacou a ancestralidade africana, valorizou as tradições do Marabaixo e Batuque e reforçou o papel do evento anual como política cultural do Estado.

Por Jamylle Nogueira
19/11/2025 14h35
O "Rufar dos Tambores" foi o ponto alto da noite

O som dos tambores tomou conta do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos na noite desta terça-feira, 18, quando comunidades tradicionais, mestres de cultura e grupos de expressão afro-amapaense se reuniram em mais uma etapa da programação do 30° Encontro dos Tambores, em Macapá. O "Rufar dos Tambores", ponto alto da noite, reforçou a força ancestral, a espiritualidade e a identidade negra que marcam o evento, que segue até 26 de novembro.

Realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) com apoio e fomento do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Marabaixo, o Encontro dos Tambores iniciou no sábado, 15, e reúne manifestações tradicionais como marabaixo, batuque, zimba e sairé, além de rodas de capoeira, reggae, hip-hop, feiras, oficinas, moda afro, exposições, literatura e a novidade do Casamento Comunitário Afro-Religioso.

Secretária da Secult, Clícia Di Miceli

“O Encontro dos Tambores celebra a brasilidade construída pela herança africana, marcada pelo berimbau, pelo povo de terreiro e pelas tradições que fazem parte da nossa história. Os tambores representam paz, união e tudo aquilo que a África nos deixou como cultura e identidade. A nossa Amazônia Negra tem essa força, presente nos tambores do Marabaixo, do Batuque, do Zimba e do Sairé, que ecoam em todo o estado e revelam a grandeza da nossa cultura,” descreveu a secretária de Estado da Cultura, Clícia Di Miceli.

Entre os participantes da noite estava Flávia Albuquerque, 24 anos, estudante que acompanha o evento anualmente.

Estudante Flávia acompanhada de seu grupo de amigos

“A gente vem todos os anos. Já virou tradição. No ano passado, eu e meu amigo chegamos a dançar na abertura, e este ano voltamos para prestigiar quem está se apresentando. É sempre muito especial participar desse momento”, contou Flávia.

Também estiveram presentes os coreógrafos da Comissão de Frente da Estação Primeira de Mangueira, Lucas Maciel e Carina Dias, que vieram ao Amapá especialmente para integrar as apresentações.

Coreógrafos da Mangueira, Lucas e Carina

“Para nós, é um privilégio estar aqui, prestigiando um evento tão importante para a cultura, ainda mais neste período tão simbólico. É uma honra participar deste momento, especialmente neste ano em que a Mangueira homenageia o Amapá. É uma experiência única, que vamos levar para a vida inteira”, afirmaram os coreógrafos.

Corredor Literário também integrou a programação

A noite de terça-feira contou ainda com a abertura do 2º Corredor de Literatura Afro-Amapaense, espaço dedicado à exposição e comercialização de obras de autores locais. Idealizada por escritores negros em 2024 e organizada pelo Movimento Literário Afrologia Tucuju, a ação reúne mais de 30 autores nesta edição e fortalece a produção literária que aborda ancestralidade, identidade, religiosidade e vivências da população negra.

Corredor afro Literário amapaense

Programação segue até 26 de novembro

O Encontro dos Tambores continua com uma agenda diversificada que envolve grupos tradicionais de todo o estado e atrações locais e nacionais. O público poderá participar de feiras, oficinas, rodas de conversa, apresentações culturais e celebrações que fortalecem a identidade da Amazônia Negra.

A programação reforça o papel do Encontro como uma política cultural que valoriza a memória coletiva e fortalece a presença das tradições afrodescendentes no Amapá.

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