Apresentações de comunidades proporcionam noite especial no 30º Encontro dos Tambores em Macapá
Evento conta com o apoio do Governo do Amapá e tem a proposta de unir e integrar as comunidades afro-amapaenses.
As apresentações das comunidades deram a tônica em uma noite especial no 30º Encontro dos Tambores, na sexta-feira, 21, em Macapá. O primeiro grupo a ganhar o palco e o Anfiteatro do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos foi Batuque Filhos do Criaú, que misturou cultura e protesto ao relembrar os recentes conflitos de terras ocorridos na região.
Em seguida, foi a vez do São João do Maruanum 2 levantar sua bandeira. Destaque para o momento em que cantadoras e caixeiros desceram dom palco e se juntaram aos dançadores e dançadeiras, em um momento único.
O terceiro grupo a se apresentar foi o Raimundo Ladislau, do bairro do Laguinhos. Os integrantes relembraram o legado de Benedita Guilherma Ramos, a Tia Biló, falecida em 2021 e que este ano completaria 100 anos – o grupo é integrado por filhos, netos e bisnetos da matriarca.
O último grupo de batuque e marabaixo a se apresentar foi o São Sebastião da Ilha Redonda. Uma apresentação de 30 casas de religiões de matriz africana encerrou a programação, já por volta de 2h.
“As apresentações mostram ao público toda a nossa diversidade e riqueza da cultura afro-amapaense”, destaca Josilana Santos, diretora-presidente da Fundação Marabaixo do Governo do Estado.
A programação do 3º Encontro dos Tambores segue neste sábado, 22, a partir das 18h, com rodas de Capoeira e o projeto Pretas na Percussão, às 19h30, seguido de apresentações de comunidades, como o Zimba de Cunani (Calçoene), marabaixo da Campina Grande, batuque da União Folclórica de Igarapé do Lago (UFIL), dentre outras, fechando com show do grupo Pegada de Gorila.
No domingo, 23, as apresentações iniciam às 19h com rodas de Capoeira, apresentações de comunidades e fecha com o grupo Rota Samba.
O Tambor que nos Une
O Encontro dos Tambores é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) e pelo Instituto Língua Solta, com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir – Fundação Marabaixo) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O evento tem a proposta de integrar as comunidades tradicionais por meio da cultura afro-amapaense, com apresentações de grupos de marabaixo, batuque, zimba, sairé, capoeira, hip-hop, reggae, samba, povos de terreiro, além de atrações regionais e shows nacionais.
Este ano, o tema é ‘O Tambor que nos Une’, que remete à reflexão acerca da importância do tambor e da união entre os povos tradicionais do Amapá, bem como sobre o combate ao racismo, à discriminação social e à intolerância religiosa.
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