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Projeto da Ueap produz bioplástico a partir do amido de milho e da laranja

Estudantes e professores do curso de Engenharia Ambiental da universidade produziram o material e testaram sua biodegradabilidade.

Por Luan Rodrigues
03/12/2025 16h55
O bioplástico feito a partir do albedo da laranja apresentou mais biodegradabilidade

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, materiais plásticos podem levar até 450 anos para se decompor no meio ambiente. Para enfrentar esse problema, que impacta diretamente a poluição ambiental, um professor e estudantes da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), do curso de Engenharia Ambiental, estão produzindo bioplásticos em laboratório a partir do amido de milho.

O projeto é liderado pelo professor Dr. William Xavier e conta com a participação da aluna Rita Santana e do monitor e aluno André Fernandes. A iniciativa surgiu a partir da observação de outros trabalhos acadêmicos sobre o tema, e a equipe decidiu desenvolver bioplásticos e testá-los em composteiras.

Rita Santana e André Fernandes

Após as análises, foi verificado que o material sofre degradação quando exposto às composteiras. Outro material produzido e testado foi o bioplástico a partir do amido do albedo da laranja — a parte branca localizada entre os gomos e a casca — que também apresentou degradação.

“Para nós, isso foi uma grata surpresa, porque esperávamos que o processo de decomposição demorasse mais. Mas vimos que os micro-organismos presentes no solo, nas folhas e nos galhos que utilizamos na composteira são capazes de decompor esse polímero de forma rápida”, explicou o professor.

Professor William Xavier

O projeto de iniciação científica já dura um ano e, segundo os pesquisadores, os primeiros resultados foram observados nos primeiros 20 dias. Ao contrário dos plásticos convencionais, o bioplástico de amido de milho foi completamente decomposto em 28 dias, enquanto o de albedo da laranja levou apenas 15 dias.

A iniciativa também buscou utilizar matérias-primas que causam menor impacto ambiental em comparação aos plásticos convencionais, que usam petróleo como base. Além disso, o processo de produção do bioplástico é mais sustentável.

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ÁREA: Educação