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Com apoio do Governo do Amapá, homenagem à Nossa Senha da Conceição reúne devotos no Quilombo do Curiaú  

A tradicional festividade, realizada com o apoio do Governo do Amapá, mantém viva a memória cultural e histórica das comunidades locais.

Por Cristiane Nascimento
08/12/2025 16h36
A tradicional festividade, realizada com o apoio do Governo do Amapá, mantém viva a memória cultural e histórica das comunidades locais.

Fé, cultura e devoção marcaram as festividades em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, nesta segunda-feira, 8, no Quilombo do Curiaú, na zona rural de Macapá. As festividades que contam com o apoio do Governo do Estado já fazem parte do calendário cultural e religioso do Amapá, reunindo moradores, devotos e visitantes.

A tradicional celebração, realizada há quase 80 anos, foi iniciada pela família de Joaquim e Joaquina Ramos, que nascida no quilombo, começou a festejar o dia 8 de dezembro em comemoração à santa e ao aniversário da matriarca, em uma pequena casa, com a comunidade e familiares.

A programação inclui diferentes momentos de alegria e manifestações culturais. Na sexta-feira, 13, haverá batuque e no sábado, 14, o baile de encerramento da festividade de Nossa Senhora da Conceição.

Raimunda Lina Ramos, viúva do Inocêncio dos Santos Ramos, o filho primogênito do Gurgia

"É uma festividade que nós estamos cultivando desde que eu não era nem nascida, os nossos antepassados que iniciaram essa festa. Já com os mais novos, os filhos do Gurgia, foi que recomeçou essa festividade com o novenário no dia 1º de dezembro. Cada dia um filho é responsável pelo novenário e termina no dia 7 com a mais nova, que vem em ordem decrescente. Já no dia 8 temos a missa, a procissão, depois oferecemos o café da manhã, o almoço, o churrasco, as brincadeiras e a festa até as duas horas da manhã do dia 9. Essa festa é muito importante e um momento de muita emoção porque a gente pode lembrar dos nossos antepassados que iniciaram isso. É um valor ímpar para nós", declarou Raimunda Lina Ramos, filha da marabaixeira Josefa Lina da Silva, a Tia Zefa.

Diretora adjunta da Fundação Marabaixo, Laura Silva

A celebração no Curiaú representa não apenas um ato de fé, mas também a preservação de manifestações culturais que compõem a identidade amapaense, como destacou a diretora adjunta da Fundação Marabaixo, Laura Silva.

"O Governo do Estado está sempre fomentando parte da festividade, sendo a maneira que a gestão tem de fortalecer as tradições e a aplicabilidade das políticas públicas e afirmativas, atendendo as pautas culturais, atendendo as pautas do povo negro em fortalecimento e perpetuação das suas manifestações culturais", ressaltou Laura.

Além do caráter religioso, as festividades reforçam o valor histórico do Curiaú, território quilombola reconhecido por sua expressividade cultural, mantendo viva a tradição dos antepassados e integrando elementos da cultura afro-amapaense à celebração católica.

"Hoje participo da organização do evento distribuindo comida, e é muito gratificante contribuir para manter viva a devoção com essa comemoração entre as gerações", pontuou comentou a bisneta de um dos idealizadores do evento, Eloane Camily Tavares.

Bisneta de um dos idealizadores do evento Eloane Camily Tavares

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ÁREA: Cultura