Festival Samba Enredo: Imponência cultural, alegria e religiosidade marcaram a abertura das apresentações, em Macapá
Neste sábado,13, cinco escolas de samba iniciaram as apresentações no Anfiteatro da Fortaleza de São José.
Às margens do majestoso Rio Amazonas, na noite deste sábado, 13, num espetáculo de fogos, brilhos e cores as baterias das Escolas de Samba amapaense ecoaram no palco do Anfiteatro da Fortaleza de São José. Cinco agremiações carnavalescas abriram as apresentações do Festival Samba Enredo 2026, evento, promovido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) com apoio do Governo do Amapá e do presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre.
Com narrativas que percorrem ancestralidade, protagonismo ambiental, representatividade feminina, identidade afro-brasileira, espiritualidade, os mistérios do batuque, esperança no início de uma nova era, o ouro negro da amazônia amapaense e até sonhos além das fronteiras guianenses, o Carnaval amapaense 2026 já desponta como um dos mais potentes dos últimos anos.
"A expectativa para o Carnaval 2026 é enorme. As agremiações estão preparadas para realizar um grande espetáculo, valorizando a cultura local. Será uma bela festa, marcada pela união de todos que fazem o Carnaval do Amapá, com o apoio fundamental do Governo do Estado, das secretarias e dos órgãos de segurança", destacou o presidente da Liesap, Jocildo Lemos.
O conjunto de enredos reafirmaram o samba como expressão viva da cultura ancestral, da fé e do pertencimento do povo amapaense. As escolas competiram exclusivamente nos quesitos: letra, arranjo e melodia.
Cidade de Macapá - Foi quem abriu a noite de apresentações, com o tema do samba enredo, “O ouro negro é meu tesouro da margem equatorial, traz progresso pro Amapá, é sucesso no carnaval.” A escola fala de esperança, riqueza de recursos naturais é herança do solo amapaense. E, destaca o petróleo como “ouro negro” simbolizando o progresso de Norte a Sul do estado, de Oiapoque ao Jari marca do início de uma nova era.
Império de Samba Solidariedade - Em seguida, a agremiação Solidariedade, se apresentou com o tema de enredo “Tambor que liberta – A história dos tambores proibidos”. A escola entrou no palco destacando a beleza e o mistério dos tambores, o som do batuque, a riqueza ancestral. Na viagem de narrativas imponentes a escola sacudiu o público com o ritmo contagiante da bateria e o samba no pé da rainha à frente da bateria empolgante.
Emissários da Cegonha - Com o tema, “Uma fascinante viagem nas crendices e superstições de um povo – sorte ou azar”, a escola trouxe para o público uma viagem de reflexões. A mensagem transmite a mensagem de que as crendices e superstições fazem parte da identidade cultural do povo e refletem sua forma de explicar o mundo, lidar com o medo, a esperança e o desconhecido.
O enredo mostra que sorte e azar não são forças absolutas, mas interpretações criadas a partir das experiências coletivas, da fé, das tradições e da oralidade popular.
Império da Zona Norte - A escola de cores dourado, azul e branco trouxe para o palco o enredo "Amazonas, o que diz a tua foz – Da preservação ao progresso". O público presente no anfiteatro se emocionou, cantou e sambou ritmado pelo som da bateria contagiante. O tema destaca a imponência da floresta amazônica e sua riqueza cultural destacando a luta pela preservação e o orgulho pela identidade da região. Com show de brilhos e fogos nas cores da escola fez a comunidade da Zona Norte cantar e vibrar até o final da apresentação
Unidos do Buritizal - Com referências ancestrais de tradições quilombolas, natureza, águas que une e protege a Unidos do Buritizal apresentou o tema de enredo, “Transfronteira de sonhos – Bem-vindos à Guiana Francesa”.
O enredo do compositor Wiverson Oliveira, destaca a diversidade cultural, a defesa da floresta amazônica e os sonhos de um povo bem retratado no trecho, “Águas que unem fronteiras, na busca de novos sonhos, em terras franco-brasileiras no meu olimpo amazônico.” Assim, a escola que embalou o público no anfiteatro encerrou a 5ª apresentação da noite.
Premiações e homenagens
Os vencedores do festival serão premiados conforme previsto no regulamento. O primeiro colocado receberá R$ 4 mil e troféu; o segundo colocado será contemplado com R$ 2 mil; e o terceiro lugar receberá mil reais.
Este ano, o clima carnavalesco chega ainda mais forte. Em 2026, a Liesap homenageará o icônico Mestre Sacaca, com o enredo “Centenário do Rei, Viva Sacaca!”. A proposta reforça a valorização da cultura amapaense em um momento marcado por investimentos da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e do senador Davi Alcolumbre, além da presença do Amapá como tema da Estação Primeira de Mangueira no carnaval carioca, ampliando a projeção nacional da região.
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